domingo, 29 de novembro de 2009

Trim ...trim ... trim ...

Este telefone é diferente de todos os outros que você conhece. Ele é especial.
Pra começar, ele só se comunica com cinco números.
Se você discar o P, advinhe quem vai atender. Não sabe? É o pato. Você toca e quando o telefone é atendido lá está o patinho tagarela que todo contente responde:
- Qua, qua, qua, qua, qua ...
Aí, se você entender a língua de pato pode bater um longo papo.
Se discar o C, quem atende é o cachorro: au, au, au, au, au, au ... Nossa, ele adora uma conversa. O problema é saber o que ele está dizendo.
O G é o número do gato. Não é um gato qualquer, é um gatinho todo dengoso que atende e diz:
-Miauuuuu, miauuuu, miauuu ...
Ainda existem mais dois números, o do trenzinho e o das notas musicais.
O T é o do trenzinho, quando toca só se escuta: piuiii, piuiii, piuiii ... Mas, observe bem, não é a toda hora que o trenzinho atende. Às vezes, ele está no meio de um passeio e não tem tempo para falar.
As notas musicais sempre atendem. Afinal, elas são sete e sempre tem uma em casa. Se todas elas estão, a gente escuta: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Se, por acaso, o e o si saíram, as outras notas cantam uma melodia: dó, ré, mi, fá, fá, fá, dó, ré, dó, ré, ré, ré, dó, sol,  fá, mi, mi, mi, dó, ré, mi, fá, fá, fá.
Viu?!!! Este é um telefone muito legal. Com ele você pode falar com Patotinha, o pato que não sabia nadar; com Fininho, o cachorro cantor; com Fumaça, o gato da padaria do Joaquim; com o trenzinho do sábado feliz; com os sons da natureza. É claro que você sabe de quem eu estou falando, mas se não lembra de alguns deles, procure nas outras historinhas que eles estão todos por aqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pancada, o polvo bobalhão.



Pancada é um polvo que já foi pego várias vezes pelos pescadores e devolvido ao mar.
Ele é tão feio, desajeitado e bobalhão que toda vez que é pescado dá um susto nos pescadores que nem querem levá-lo pra casa.
Além de todo molenga, tem os olhos tortos e vesgos. Parece que está sempre olhando pro próprio nariz.
Ele faz muita palhaçada, se mete no meio das algas e quando um peixe passa põe a língua de fora numa grande careta. Nossa, ele tem uma língua enorme que chega a dar medo nos peixinhos.
Pancada é mesmo um polvo muito bobalhão. Mas, no entanto, tem uma sorte que os outros bichos marinhos não têm. Por causa de sua cara de pateta e seu jeitão todo esquisito pode nadar tranquilo e a salvo dos pescadores.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A casinha diferente.

Você já viu uma casa igual a esta? Não? Pois é, mas ela existe. E sabe onde? Na minha imaginação.
Você sabe o que é imaginação? É um pensamento que fica guardado na nossa cabeça e que é só nosso. Na nossa imaginação, nós podemos tudo. Podemos ser reis, rainhas, bichinhos, e até ter uma casinha assim.
A minha casa fica num lugar chamado Felicidade, na rua da Alegria, sem número. Ela é diferente de todas as outras, então não é difícil encontrá-la.
Minha casa não tem porta, também não mora ninguém dentro dela que precise sair. Ela vive fazendo careta e conversando com as árvores do jardim. Logo que o dia amanhece, ela abre os olhos e diz bom dia para as suas amigas. Se o dia é de sol, todos no quintal ficam brincando o dia inteiro. Quando chove, a casa e as três árvores fecham os olhos e tiram uma longa soneca depois do almoço.
Você pensa que a história acabou aqui? Não acabou não. O caminho de pedras na frente da casa, não é um caminho qualquer. Você conhece aquele brinquedo chamado pula-pula? Então, quando você pisa numa das pedrinhas, ela pula e você cai na outra, que pula também, e, assim, você chega bem perto da casa, brincando de pula-pula. Isso não é legal? Se você não for esperto, num dos pulos pode cair. Não dá para machucar, pois as pedrinhas são bem macias, porém as árvores e a casinha dão gargalhadas e quase fazem xixi de tanto rir.
Esta casa é muito bacana e brincalhona. Eu aposto que você gostaria de conhecê-la. Pense bem, vai ver que na sua imaginação existe uma casa parecida ou bem mais legal do que a minha.

Sábado feliz.


Sábado é um dia muito feliz. Papai e mamãe não trabalham e podemos aproveitar para passear.
A cidade em que eu moro tem um trenzinho muito legal. Ele parte de uma praça e leva as crianças e adultos para dar uma volta por vários lugares bacanas.
A farra é enorme: há música, bichinhos, apito, brincadeiras, enfim, uma felicidade só.
Hoje, o dia está lindo, o céu azulzinho, o sol brilha e a praça está cheia de crianças esperando o trem chegar para começar o sonhado passeio.
Pronto! Lá vem ele apitando e anunciado que a alegria vai tomar conta do lugar.
Mal o trem pára, as pessoas descem e outras sobem lotando todos os lugares.
Começa o passeio, o trem apita, piuíiii, e lá vou eu, papai, mamãe e vovó. Eu danço, pulo, brinco com os bichinhos que ficam de um lado para o outro fazendo a maior bagunça. Papai, mamãe e vovó se divertem como se fossem crianças também. Todos nós, cantamos bem alto, batemos palmas, batemos os pés, esticamos os braços, tudo o que a música da Xuxa manda fazer.
Quando toca o Balão Mágico ... Super fantástico amigo é bom estar contigo no nosso balão ...., vovó canta alto, dança e bate muitas palmas. Eu acho que ela adora essa música.
O passeio é muito divertido. A gente vai dando tchau para as pessoas que andam pelas calçadas e damos bastante risada.
Nossa! O sábado na minha cidade é um dia especial, principalmente, quando saímos e passeamos no trenzinho mais legal que eu já vi.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Boneca, a baleia brincalhona.

Boneca é uma baleia que adora brincar. Ela vive num parque dentro de um grande aquário e se diverte muito quando as crianças vão visitá-la.
A baleia passa o dia nadando calmamente de um lado para o outro e fazendo um monte de gracinhas. Quando ela percebe que tem alguém olhando, vira cambalhota,  abre a boca como se estivesse sorrindo, e solta água igualzinho a um chafariz.
No parque em que ela mora vivem outros peixes, mas nenhum é tão simpático e engraçado quanto ela. Boneca fica paradinha fingindo que está dormindo e quando alguém bate no vidro do aquário para acordá-la ela continua quietinha e, de repente, abre o olho e dá um grande salto. Nesse momento, seus olhos parecem brilhar de tanta alegria.
Quando chega a hora de se alimentar, um treinador joga peixes para o alto e ela dá vários pulos para pegá-los, cada pulo e lá vai um peixe goela abaixo. Ela engole o peixe inteirinho e não é um peixinho mixuruca não, geralmente os peixes que ela come são grandes e bem gordinhos.
Boneca é uma baleia que todos gostariam de ter em casa, divertida, bonita, mansa e muito alegre. O problema é que ela é enorme, come à beça e só pode viver num aquário muito grande. É uma pena, mas na minha casa este aquário não cabe. Será que cabe na sua?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Gertrude, a florzinha fujona.



Gertrude é uma florzinha que nasceu no canteiro da praça de uma cidade bem pequena. Ela vivia muito feliz até que um dia escutou alguém falar que existiam outras cidades, cada uma mais bonita que a outra. Ela nunca podia ter imaginado que o mundo fosse maior que o seu canteiro, sua praça ou sua cidade. Diante desta descoberta, Gertrude ficou muito curiosa para conhecer outros lugares.
Ela não sabia como fazer pra sair dali e começou a matutar um jeito de poder escapar sem que as outras flores notassem.
Gertrude já tinha ouvido a palavra viajar, mas francamente não sabia o que isso queria dizer. Ela via que quando as pessoas iam pra algum lugar diferente levavam uma mala, porém não tinha ideia do que havia dentro.
A florzinha, com muito cuidado, preparou tudo para fugir. Encheu uma malinha de sonhos, esperou que todos dormissem e logo que o dia amanheceu e o sol já brilhava no céu, Gertrude ganhou caminho.
Ela não sabia muito bem para aonde ir, então resolveu correr até a estação de trem e se deitar em um banco. Não deu outra, uma linda moça viu a florzinha abandonada sobre o banco e a pegou. E foi assim que Gertrude começou a aventura de conhecer outras cidades: a tal moça entrou no trem levando Gertrude na mão. Daí em diante, a florzinha fujona nunca mais deixou de viajar. Ela repetia sempre a mesma coisa, fugia, deitava no banco de uma estação e esperava que alguém a levasse para mais uma deliciosa aventura.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Pimbão, o fantasma trapalhão.


Você tem medo de fantasma? Não fique com vergonha de dizer que sim, porque eu acho que todo mundo tem. Eu também tinha pavor só de ouvir falar , mas, um dia, conheci um fantasminha legal e perdi todo o medo.
Pimbão é um fantasminha diferente de todos os outros, por isso, ele é conhecido como o fantasma trapalhão. Ele não assusta ninguém, vive rindo, faz careta o tempo todo, mas não é a careta de medo não, ele mostra a língua com uma carinha bem engraçada, e seus olhos estão sempre brilhando de alegria. Quando encontra uma pessoa em vez de lhe dar um susto, Pimbão faz logo uma graça, canta, ri, dança e se torna seu amigo.
A vida de Pimbão é bastante animada. A única coisa de que ele não gosta é de estar com os outros fantasmas, pois sempre leva uma bronca, fica de castigo e acaba não podendo sair de casa. É claro, fantasma foi feito para assustar as pessoas e isso Pimbão não sabe fazer.
Papai e mamãe fantasmas não entendem porque Pimbão é tão bonzinho, simpático e amigo de todo mundo. Eles ficam zangados quando escutam de seus vizinhos que seu filho é um fantasminha trapalhão que só faz coisas erradas. O que eles não sabem é que Pimbão, mesmo sendo trapalhão, é o fantasminha mais querido da criançada.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lucila.


Lucila é a lua que mora pertinho lá de casa. Não é sempre que ela aparece, porque é muito dorminhoca. Mas, quando o céu está todo estrelado, lá está Lucila, toda feliz, de olhos bem abertos e sempre sorrindo.
Engraçado é que Lucila gosta tanto de mim que aonde eu vou ela vai também. Se estou em casa, ela fica me espiando lá do céu. Se vou para casa de vovô e vovó, ela vem correndo atrás do carro. Se vou passear com papai e mamãe pela praça, olho para cima e quem eu vejo, Lucila. Quando vou pra casa do dindo, que mora em outra cidade, ela sempre vem junto.
Eu acho que esta lua é minha melhor amiguinha, está sempre tomando conta de mim. Quando vou dormir, ela fica bem de longe iluminando o meu quarto, ela não quer que eu leve um tombo no escuro, pois sabe que às vezes levanto para fazer xixi.
Mas, logo que o dia amanhece, Lucila vai embora, se esconde em algum cantinho do céu para tirar um boa soneca. Ela merece, passa a noite toda acordada.
Há dias em que ela chega mais cedo, ainda nem é noite e Lucila já desponta no céu, deve ter dormido bastante, perdeu o sono e vem logo me procurar. Ah, eu gosto um bocado desta luazinha. Ela é linda e uma ótima companheira.