quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz 2010 para todos.



Eu e meus personagens desejamos a todos nossos seguidores e amigos um Ano Novo repleto de paz, saúde e amor.
No próximo ano, esperamos continuar juntos com vocês levando alegria e divertimento para os nossos pequeninos e para os adultos também.
Foi muito bom saber que as minhas histórias tornaram-se parte da vida de algumas crianças, por isso em 2010 virá muita novidade por aí.
Beijos e obrigada pelo carinho, Malu e cia.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O balão dos sonhos.


Um dia, um inventor construiu um balão enorme e bem colorido. O engraçado é que no balão havia  um cesto pendurado sem nenhum lugar para sentar.
Todos que passavam perto do balão ficavam curiosos, mas não falavam nada.
Certa tarde, um menino chegou bem pertinho do balão e resolveu perguntar ao inventor:
- Por que não tem lugar para as pessoas sentarem? E pra que este cesto enorme pendurado no balão?
O inventor prestou bastante atenção às perguntas que lhe foram feitas e calmamente respondeu:
- Este não é um balão pra ninguém viajar.  É um balão para realizar sonhos. Qualquer pessoa que tenha um sonho e queira que se realize deve escrevê-lo em um pedaço de papel e colocar dentro do cesto. O balão se encarrega de levar a mensagem para o céu e entregar às fadas madrinhas.
O menino ficou muito espantado com a resposta recebida e quis testar o poder do balão dos sonhos. Escreveu um bilhetinho e colocou dentro do cesto. Ninguém sabia o que ele havia escrito, apenas ele.
Passaram-se alguns dias e o menino voltou todo feliz para falar com o inventor. Ele queria contar que seu sonho tinha sido realizado e disse:
- O senhor sabe que deu tudo certo. Eu escrevi um sonho que eu tinha e coloquei o papel no cesto do balão. Eu não acreditava, mas as fadas madrinhas realizaram o meu sonho. Eu fiz uma ótima prova de matemática e consegui ser aprovado sem ter que ir à prova final.
O inventor ficou olhando o menino e, depois de ter escutado o que ele disse, falou:
- Olha, filho. O balão nunca saiu deste lugar. Ele nem pode voar. Seu sonho só foi realizado porque você acreditou nele. Quando a gente quer de verdade uma coisa, a gente acredita que vai acontecer, tem fé, faz tudo pra que dê certo e, aí pronto, ela acontece.

O tigre que pensava ser gato.

Você sabe o que é um tigre? É um animal que vive nas matas e geralmente é bravo. É claro que, como todo animal selvagem, ele só ataca quando se sente ameaçado.
Pois é, eu vou contar para você a história de um tigre diferente. Pra começar, ele nunca viveu na floresta. Quando era bem pequeno foi encontrado por um caçador e estava muito magrinho e fraco. Assim, o caçador o levou pra sua casa para cuidar dele.
Enquanto era um filhote, não causava medo em ninguém. Mas, ele foi crescendo, crescendo, e ficou um animal bem grande. Aí, as pessoas que chegavam perto da casa do caçador tomavam vários sustos quando viam o tigre passeando tranquilamente pelo jardim.
O pior era quando chegava alguma visita. O nosso tigre estava habituado a participar de tudo com a família, então ele se aproximava das pessoas para pedir um carinho. Isso causava uma grande confusão, porque algumas dessas pessoas ficavam tão nervosas e apavoradas que chegavam a passar mal.
Um dia, o caçador resolveu que não poderia mais ter o tigre em casa, o levou para o Jardim Zoológico e pediu para que tomassem conta dele. Prometeu que sempre iria visitá-lo e que ajudaria com a sua alimentação. O responsável pelo Jardim Zoológico aceitou a oferta e o simpático tigre ficou morando em uma jaula muita bonita.
Ele passou a ser a principal atração do lugar. As crianças o adoravam. Também não era pra menos, só havia um tigre como aquele. Imagine que tendo sido criado perto de cachorros e gatos, ele não fazia nenhum barulho que amedrontasse, ao contrário, ele miava como um gatinho e era muito mansinho.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A bota de Papai Noel.

Quando chega o Natal, todas as crianças colocam seus sapatinhos perto da árvore de Natal para que o Papai Noel coloque os presentes que foram pedidos a ele em suas cartinhas.
Na casa de Pedrinho, uma família muito pobre, os sapatinhos estavam furados e sua mãe resolveu fazer uma bota de Papai Noel de pano para colocar perto da árvore.
Na véspera do Natal, durante a madrugada, Papai Noel chegou e encontrou a bota vermelha com uma árvore bordada e a achou muito bonita. Era a primeira vez que Papai Noel via uma bota daquelas. Então, ele resolveu fazer uma troca, levou a bota de presente para  colocar pertinho de sua cama e deixou um lindo par de sapatos cheinho de presentes para Pedrinho. Eram tantos presentes que nem couberam dentro dos dois sapatinhos: brinquedos, cadernos, jogos e algumas roupinhas.
Quando o dia amanheceu, Pedrinho encontrou todos os presentes e ficou feliz da vida com os sapatos novos. Nesse dia, ele se arrumou todo para passear com seus pais.
Agora, todo ano, Maria, a mãe de Pedrinho, faz uma bota bem bonita, toda bordada, e enche de doces para o Papai Noel. E a alegria sempre se repete, Papai Noel fica feliz com o presente que ganha e deixa um par novo de sapatos repleto de presentes e sonhos para Pedrinho e seus pais.

O presente de Aline.

Aline é uma menininha que todo o ano escreve uma cartinha para o Papai Noel. Este ano, ela estava ansiosa que chegasse o dia para ganhar o seu pedido. Ela havia pedido uma bicicleta.
Na véspera de Natal, Aline foi dormir com o coração batendo forte, estava doidinha para que chegasse o outro dia e ela pudesse receber a tão sonhada bicicleta.
Ao amanhecer, Aline pulou cedinho da cama e foi até a sala e embaixo da árvore de Natal não viu nenhuma bicicleta. Havia uma caixa bem grande, mas, com certeza, uma bicicleta não caberia dentro dela mesmo que estivesse desmontada.
Aline ficou triste, mas como ninguém sabia o que ela havia pedido, pensou que Papai Noel havia se esquecido de seu presente ou, talvez, que ele não tivesse tido dinheiro para comprar uma bicicleta, afinal são tantas as crianças que lhe escrevem pedindo presentes que o dinheiro de Papai Noel pode ter acabado. Aline pensou, pensou, e decidiu que nunca mais pediria nada tão caro e que, a partir do próximo Natal, ela escreveria cartinhas com pedidos que pudessem ser atendidos facilmente.
Depois de tão grande decepção, Aline foi para cozinha tomar o café da manhã e encontrou seus pais rindo, felizes da vida. Sua mãe disse que logo após o café iriam para a sala distribuir os presentes que Papai Noel havia deixado na árvore. E assim fizeram.
Seu pai começou a ler os nomes escritos nos embrulhos: de Papai Noel para mamãe; de Papai Noel para papai; de mamãe para Aline; de papai para mamãe; de papai para Aline; de mamãe para papai. Os presentes foram terminando e ficou apenas a grande caixa vermelha de laço amarelo. O papai chegou bem perto da caixa, encostou o ouvido para ver se tinha algum barulho dentro, e abriu um cartão que dizia: de Papai Noel para Aline.
Aline, ao mesmo tempo que estava decepcionada, estava curiosa para saber o que tinha dentro da caixa. Sentou-se perto da caixa, que para ela era enorme, e começou a desamarrar o laço, foi aí que escutou um barulhinho e viu que a caixa tinha vários furinhos na tampa. Quando, finalmente, tirou a tampa, viu um cachorrinho todo pretinho com os olhinhos dengosos olhando para ela. Não era um cachorrinho de pelúcia, nem de brinquedo, era de verdade. Ela ficou muito contente e abraçada com seu novo amiguinho dava pulos de felicidade.
Depois de tanta alegria, seus pais chamaram Aline e seu novo amigo para dar um passeio. Ao sair de casa, num cantinho do jardim, havia uma bicicleta encostada em uma árvore. Aline se aproximou e leu um bilhete que estava preso na bicicleta: "Para Aline, mais um presente do seu amigo de sempre. Papai Noel."

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Betinho, um ursinho encantador.

Betinho é o filho caçula da ursa Maroca e não se parece muito com seus irmãos, Zezinho e Janjão. Esses dois vivem aprontando e assustando as pessoas.
Para Betinho, ser um urso não quer dizer que tem que ser bravo. Ao contrário, ele é manso, amigo  dos outros bichinhos e está sempre ajudando os seus vizinhos no que pode.
Dona Maroca, a mãe ursa, fica orgulhosa de seu filhote. Afinal, ela recebe muitos elogios a respeito de Betinho.Todos acham que ele é um ursinho encantador. Em compensação, coitada, ela fica de cabelo em pé com Zezinho e Janjão, só fazem bobagens e vivem arrumando encrenca.
Betinho quase não sai com seus irmãos, além de não gostar, nunca é convidado por eles para nada. Zezinho e Janjão acham que Betinho é muito chato e bobão. Mas, nosso ursinho não se importa. Ele adora passear sozinho pelo campo e brincar com os animais que encontrar.
Certo dia, o sol estava lindo e Betinho acordou cedo, vestiu um calção, tomou café e saiu para caminhar. Ele não tinha aula e aproveitou a manhã para correr num lindo gramado perto de sua casa. A grama era lisinha, macia e ainda estava molhada pelo orvalho da madrugada. Betinho correu, pulou, rolou e se divertiu à beça. Quando voltava para casa viu uma florzinha solitária e uma joaninha, ficou todo contente e pensou em levar a florzinha para sua mamãe. Foi aí que ele pensou: "Se eu arrancar a florzinha, ela vai sentir dor e a joaninha não vai ter  mais companhia para conversar." Ele chegou a ficar vesguinho de vontade de pegar a flor, mas resistiu e voltou para casa bem feliz.
Ao chegar em casa, ele disse para dona Maroca:
- Mamãe, eu vi uma florzinha no campo e queria trazê-la para a senhora. Mas aí eu pensei que não podia machucá-la. Eu acho que se eu a arrancasse da terra, ela ia sentir dor. Então, deixei a florzinha no campo conversando com sua amiga joaninha.
A mamãe ursa ficou muito satisfeita com o que ouviu e falou para Betinho:
- Meu filho, você é mesmo um amor. Se me trouxesse a florzinha, eu ficaria contente, mas ela logo morreria. Assim, você poderá visitá-la mais vezes e até me levar para conhecê-la. Ela será a nossa florzinha.
Ao ouvir o que dona Maroca disse, Betinho ficou ainda muito mais feliz. Agora, ele tinha uma nova amiguinha com quem brincar e uma florzinha que seria só dele e da mamãe ursa.

domingo, 29 de novembro de 2009

Trim ...trim ... trim ...

Este telefone é diferente de todos os outros que você conhece. Ele é especial.
Pra começar, ele só se comunica com cinco números.
Se você discar o P, advinhe quem vai atender. Não sabe? É o pato. Você toca e quando o telefone é atendido lá está o patinho tagarela que todo contente responde:
- Qua, qua, qua, qua, qua ...
Aí, se você entender a língua de pato pode bater um longo papo.
Se discar o C, quem atende é o cachorro: au, au, au, au, au, au ... Nossa, ele adora uma conversa. O problema é saber o que ele está dizendo.
O G é o número do gato. Não é um gato qualquer, é um gatinho todo dengoso que atende e diz:
-Miauuuuu, miauuuu, miauuu ...
Ainda existem mais dois números, o do trenzinho e o das notas musicais.
O T é o do trenzinho, quando toca só se escuta: piuiii, piuiii, piuiii ... Mas, observe bem, não é a toda hora que o trenzinho atende. Às vezes, ele está no meio de um passeio e não tem tempo para falar.
As notas musicais sempre atendem. Afinal, elas são sete e sempre tem uma em casa. Se todas elas estão, a gente escuta: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Se, por acaso, o e o si saíram, as outras notas cantam uma melodia: dó, ré, mi, fá, fá, fá, dó, ré, dó, ré, ré, ré, dó, sol,  fá, mi, mi, mi, dó, ré, mi, fá, fá, fá.
Viu?!!! Este é um telefone muito legal. Com ele você pode falar com Patotinha, o pato que não sabia nadar; com Fininho, o cachorro cantor; com Fumaça, o gato da padaria do Joaquim; com o trenzinho do sábado feliz; com os sons da natureza. É claro que você sabe de quem eu estou falando, mas se não lembra de alguns deles, procure nas outras historinhas que eles estão todos por aqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Pancada, o polvo bobalhão.



Pancada é um polvo que já foi pego várias vezes pelos pescadores e devolvido ao mar.
Ele é tão feio, desajeitado e bobalhão que toda vez que é pescado dá um susto nos pescadores que nem querem levá-lo pra casa.
Além de todo molenga, tem os olhos tortos e vesgos. Parece que está sempre olhando pro próprio nariz.
Ele faz muita palhaçada, se mete no meio das algas e quando um peixe passa põe a língua de fora numa grande careta. Nossa, ele tem uma língua enorme que chega a dar medo nos peixinhos.
Pancada é mesmo um polvo muito bobalhão. Mas, no entanto, tem uma sorte que os outros bichos marinhos não têm. Por causa de sua cara de pateta e seu jeitão todo esquisito pode nadar tranquilo e a salvo dos pescadores.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A casinha diferente.

Você já viu uma casa igual a esta? Não? Pois é, mas ela existe. E sabe onde? Na minha imaginação.
Você sabe o que é imaginação? É um pensamento que fica guardado na nossa cabeça e que é só nosso. Na nossa imaginação, nós podemos tudo. Podemos ser reis, rainhas, bichinhos, e até ter uma casinha assim.
A minha casa fica num lugar chamado Felicidade, na rua da Alegria, sem número. Ela é diferente de todas as outras, então não é difícil encontrá-la.
Minha casa não tem porta, também não mora ninguém dentro dela que precise sair. Ela vive fazendo careta e conversando com as árvores do jardim. Logo que o dia amanhece, ela abre os olhos e diz bom dia para as suas amigas. Se o dia é de sol, todos no quintal ficam brincando o dia inteiro. Quando chove, a casa e as três árvores fecham os olhos e tiram uma longa soneca depois do almoço.
Você pensa que a história acabou aqui? Não acabou não. O caminho de pedras na frente da casa, não é um caminho qualquer. Você conhece aquele brinquedo chamado pula-pula? Então, quando você pisa numa das pedrinhas, ela pula e você cai na outra, que pula também, e, assim, você chega bem perto da casa, brincando de pula-pula. Isso não é legal? Se você não for esperto, num dos pulos pode cair. Não dá para machucar, pois as pedrinhas são bem macias, porém as árvores e a casinha dão gargalhadas e quase fazem xixi de tanto rir.
Esta casa é muito bacana e brincalhona. Eu aposto que você gostaria de conhecê-la. Pense bem, vai ver que na sua imaginação existe uma casa parecida ou bem mais legal do que a minha.

Sábado feliz.


Sábado é um dia muito feliz. Papai e mamãe não trabalham e podemos aproveitar para passear.
A cidade em que eu moro tem um trenzinho muito legal. Ele parte de uma praça e leva as crianças e adultos para dar uma volta por vários lugares bacanas.
A farra é enorme: há música, bichinhos, apito, brincadeiras, enfim, uma felicidade só.
Hoje, o dia está lindo, o céu azulzinho, o sol brilha e a praça está cheia de crianças esperando o trem chegar para começar o sonhado passeio.
Pronto! Lá vem ele apitando e anunciado que a alegria vai tomar conta do lugar.
Mal o trem pára, as pessoas descem e outras sobem lotando todos os lugares.
Começa o passeio, o trem apita, piuíiii, e lá vou eu, papai, mamãe e vovó. Eu danço, pulo, brinco com os bichinhos que ficam de um lado para o outro fazendo a maior bagunça. Papai, mamãe e vovó se divertem como se fossem crianças também. Todos nós, cantamos bem alto, batemos palmas, batemos os pés, esticamos os braços, tudo o que a música da Xuxa manda fazer.
Quando toca o Balão Mágico ... Super fantástico amigo é bom estar contigo no nosso balão ...., vovó canta alto, dança e bate muitas palmas. Eu acho que ela adora essa música.
O passeio é muito divertido. A gente vai dando tchau para as pessoas que andam pelas calçadas e damos bastante risada.
Nossa! O sábado na minha cidade é um dia especial, principalmente, quando saímos e passeamos no trenzinho mais legal que eu já vi.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Boneca, a baleia brincalhona.

Boneca é uma baleia que adora brincar. Ela vive num parque dentro de um grande aquário e se diverte muito quando as crianças vão visitá-la.
A baleia passa o dia nadando calmamente de um lado para o outro e fazendo um monte de gracinhas. Quando ela percebe que tem alguém olhando, vira cambalhota,  abre a boca como se estivesse sorrindo, e solta água igualzinho a um chafariz.
No parque em que ela mora vivem outros peixes, mas nenhum é tão simpático e engraçado quanto ela. Boneca fica paradinha fingindo que está dormindo e quando alguém bate no vidro do aquário para acordá-la ela continua quietinha e, de repente, abre o olho e dá um grande salto. Nesse momento, seus olhos parecem brilhar de tanta alegria.
Quando chega a hora de se alimentar, um treinador joga peixes para o alto e ela dá vários pulos para pegá-los, cada pulo e lá vai um peixe goela abaixo. Ela engole o peixe inteirinho e não é um peixinho mixuruca não, geralmente os peixes que ela come são grandes e bem gordinhos.
Boneca é uma baleia que todos gostariam de ter em casa, divertida, bonita, mansa e muito alegre. O problema é que ela é enorme, come à beça e só pode viver num aquário muito grande. É uma pena, mas na minha casa este aquário não cabe. Será que cabe na sua?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Gertrude, a florzinha fujona.



Gertrude é uma florzinha que nasceu no canteiro da praça de uma cidade bem pequena. Ela vivia muito feliz até que um dia escutou alguém falar que existiam outras cidades, cada uma mais bonita que a outra. Ela nunca podia ter imaginado que o mundo fosse maior que o seu canteiro, sua praça ou sua cidade. Diante desta descoberta, Gertrude ficou muito curiosa para conhecer outros lugares.
Ela não sabia como fazer pra sair dali e começou a matutar um jeito de poder escapar sem que as outras flores notassem.
Gertrude já tinha ouvido a palavra viajar, mas francamente não sabia o que isso queria dizer. Ela via que quando as pessoas iam pra algum lugar diferente levavam uma mala, porém não tinha ideia do que havia dentro.
A florzinha, com muito cuidado, preparou tudo para fugir. Encheu uma malinha de sonhos, esperou que todos dormissem e logo que o dia amanheceu e o sol já brilhava no céu, Gertrude ganhou caminho.
Ela não sabia muito bem para aonde ir, então resolveu correr até a estação de trem e se deitar em um banco. Não deu outra, uma linda moça viu a florzinha abandonada sobre o banco e a pegou. E foi assim que Gertrude começou a aventura de conhecer outras cidades: a tal moça entrou no trem levando Gertrude na mão. Daí em diante, a florzinha fujona nunca mais deixou de viajar. Ela repetia sempre a mesma coisa, fugia, deitava no banco de uma estação e esperava que alguém a levasse para mais uma deliciosa aventura.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Pimbão, o fantasma trapalhão.


Você tem medo de fantasma? Não fique com vergonha de dizer que sim, porque eu acho que todo mundo tem. Eu também tinha pavor só de ouvir falar , mas, um dia, conheci um fantasminha legal e perdi todo o medo.
Pimbão é um fantasminha diferente de todos os outros, por isso, ele é conhecido como o fantasma trapalhão. Ele não assusta ninguém, vive rindo, faz careta o tempo todo, mas não é a careta de medo não, ele mostra a língua com uma carinha bem engraçada, e seus olhos estão sempre brilhando de alegria. Quando encontra uma pessoa em vez de lhe dar um susto, Pimbão faz logo uma graça, canta, ri, dança e se torna seu amigo.
A vida de Pimbão é bastante animada. A única coisa de que ele não gosta é de estar com os outros fantasmas, pois sempre leva uma bronca, fica de castigo e acaba não podendo sair de casa. É claro, fantasma foi feito para assustar as pessoas e isso Pimbão não sabe fazer.
Papai e mamãe fantasmas não entendem porque Pimbão é tão bonzinho, simpático e amigo de todo mundo. Eles ficam zangados quando escutam de seus vizinhos que seu filho é um fantasminha trapalhão que só faz coisas erradas. O que eles não sabem é que Pimbão, mesmo sendo trapalhão, é o fantasminha mais querido da criançada.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Lucila.


Lucila é a lua que mora pertinho lá de casa. Não é sempre que ela aparece, porque é muito dorminhoca. Mas, quando o céu está todo estrelado, lá está Lucila, toda feliz, de olhos bem abertos e sempre sorrindo.
Engraçado é que Lucila gosta tanto de mim que aonde eu vou ela vai também. Se estou em casa, ela fica me espiando lá do céu. Se vou para casa de vovô e vovó, ela vem correndo atrás do carro. Se vou passear com papai e mamãe pela praça, olho para cima e quem eu vejo, Lucila. Quando vou pra casa do dindo, que mora em outra cidade, ela sempre vem junto.
Eu acho que esta lua é minha melhor amiguinha, está sempre tomando conta de mim. Quando vou dormir, ela fica bem de longe iluminando o meu quarto, ela não quer que eu leve um tombo no escuro, pois sabe que às vezes levanto para fazer xixi.
Mas, logo que o dia amanhece, Lucila vai embora, se esconde em algum cantinho do céu para tirar um boa soneca. Ela merece, passa a noite toda acordada.
Há dias em que ela chega mais cedo, ainda nem é noite e Lucila já desponta no céu, deve ter dormido bastante, perdeu o sono e vem logo me procurar. Ah, eu gosto um bocado desta luazinha. Ela é linda e uma ótima companheira.

sábado, 31 de outubro de 2009

Lindoca, a estrela chorona.

Lindoca é uma estrelinha chorona. Sempre que anoitece, ela aparece no céu e começa a chorar. As outras estrelas nem gostam de ficar muito perto de Lindoca, porque as suas lágrimas são tantas que chegam a molhar quem estiver a seu lado.
Coitadinha de Lindoca, ela chora o tempo todo porque tem medo de escuro, medo de altura e não gosta de sair à noite. Ela queria mesmo é ser o sol para  ficar acordada de dia e poder deitar em sua caminha durante toda a madrugada.
Mas, não é só por isso que Lindoca é triste e chorona. Ela está apaixonada e imagine só, ela se apaixonou por uma estrelinha que não mora no céu e sim no mar. Você sabia que existe estrela do mar? Pois é, existe sim. Certa noite, Lindoca chorava tão alto que uma estrelinha do mar viu suas lágrimas pingarem na água, olhou para cima e  lá no alto do céu viu Lindoca de cara inchada de tanto chorar. Então, a estrela do mar, temendo que as lágrimas virassem um temporal, gritou bem alto:
- Ei, você aí em cima, pare com isso! Assim, o mar vai acabar transbordando.
Lindoca ouviu o grito e ficou toda envergonhada. Parou de chorar e começou a conversar com a estrela do mar que se chamava Rodolfo. A partir desse dia, a vida da nossa estrela Lindoca se transformou, pois ela toda noite, mesmo com medo, saía de casa e enfrentava a escuridão para bater papo com Rodolfo.
Mas, numa tarde, a maré mudou, ficou muito forte e arrastou Rodolfo para muito longe dali. Lindoca nunca mais viu o seu amigo, seu coração ficou triste e ela recomeçou a chorar.
É, Lindoca, a estrela chorona, continua aparecendo toda noite lá no céu chorando de medo de escuro, chorando de medo de altura e, agora, de muita saudade de seu amor, a estrela do mar Rodolfo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Fumaça, um gato de sorte.

Vou contar para você a história de Fumaça, um gatinho que apareceu na padaria do Joaquim.

Um dia, bem cedinho, quando Joaquim chegou para abrir a padaria encontrou deitado perto da porta um filhote de gato. O gatinho era bem pequeno, todo cinza e muito feinho. Joaquim pegou o bichinho e resolveu cuidar dele, pois ele estava muito magrinho. Joaquim colocou leite numa tigela e deu para que o gatinho bebesse, ele tomou todo o leite, mas era tão pequenininho que quase caiu dentro da tigela. Depois de alimentado, o gatinho ficou mais esperto e foi aí que Joaquim reparou que ele tinha um jeitinho brejeiro e que não era tão feio assim. Joaquim lhe deu o nome de Fumaça e deixou que ele ficasse morando na padaria.
Os dias foram passando e Fumaça foi crescendo e se tornando um gato muito querido por todos. Ele é muito manhoso e simpático. Passa os dias se esfregando nas pernas de Joaquim, pedindo carinho dos fregueses ou dormindo em cima do saco de farinha.
Sempre que chega alguém na padaria e pergunta pelo Fumaça, ele vem andando devagarinho, miando e pedindo colo.
Fumaça é um gato de sorte. Agora, ele já está velhinho, mas continua na padaria do Joaquim. Se você quer conhecê-lo é só passar por lá.



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Risonho, meu amigo sol.



Esta é a história de Risonho, o sol que visita o quintal lá de casa.
Ele está sempre muito feliz e quando chega enche de alegria as flores, as árvores, os pássaros e, principalmente, a mim.
Eu sou um menino que gosta de brincar com pedrinhas, jogar bola, empurrar meus carrinhos e correr pelo jardim. Mas, mamãe e papai não deixam eu brincar do lado de fora quando o tempo está frio ou ruim. Então, logo que Risonho, meu amigo sol, aparece, eu já sei que vou poder sair e aproveitar a sua companhia.
Risonho, além de ser um solzinho contente,  é um bom companheiro. Ele me protege, me aquece e, se fica muito quente, avisa para que eu vá para debaixo de uma árvore.
É muito legal ver o sol brilhando no céu, mas, melhor ainda, é quando o sol é seu amigo e vem para brincar e se divertir com você. Risonho é o meu sol camarada. E você, também tem um solzinho só seu?


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Filomena, a centopeia do tempo.

Filomena é uma centopeia muito esperta. Ela passa seus dias à beira de uma colina observan-do o clima. Sabe quando o vento vai mudar, se vai fazer sol ou chover e se a temperatura vai aumentar ou cair.
Filomena todo dia acorda bem cedinho e, depois de  tomar o seu café da manhã, vai para o seu serviço. Fica boa parte do dia junto à colina e anota em um bloquinho as observações feitas sobre o clima.
Mais tarde, ela volta para casa e começa a preparar o boletim meteorológico do próximo dia.
Filomena não é paga para fazer esse trabalho, mas ela fica toda orgulhosa quando acerta e recebe elogios dos outros animais. Geralmente, ela tem sorte, pois se ela diz que vai chover, chove, se diz que vai esfriar, esfria ...
 Filomena ocupa parte do seu tempo fazendo isso, ela acha que é um serviço muito importante para ela e os outros bichinhos que moram na mesma mata, pois, assim, todos podem organizar as tarefas do dia sem correr o risco de pegar chuva, ficar resfriado, ter insolação. No resto do tempo que sobra para Filomena, ela colhe folhas e sementes para levar para casa e garantir o seu café da manhã, almoço e jantar. Filomena ainda não se casou e nem pensa nisso, ela já tem o seu dia bastante ocupado.


Os sons da natureza.


Numa cidade grande é muito difícil poder escutar os sons da natureza. O que se ouve é o barulho dos carros, das pessoas, das buzinas, das freadas, das construções. O silêncio não existe e quando há um pouco dele logo é interrompido pela sirene de uma ambulância, do carro de polícia ou do caminhão do corpo de bombeiros.
No campo e nas florestas o som é diferente. Não há o barulho de motores e sim o cantar dos pássaros, o mugir das vacas, o coaxar dos sapos, as vozes dos animais. A paz reina e o silêncio só é cortado pela melodia que a natureza canta. Pode-se ouvir o barulho das águas que caem das cachoeiras, o zumbir do vento nas folhas das árvores, o desabrochar das flores, o barulho dos frutos que caem no chão. Até a chuva, o trovão ou o relâmpago fazem parte desta linda canção. É por isso que os animais estão sempre mais felizes que os homens. Eles podem não ter a inteligência do homem, mas têm a sabedoria da vida.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O peixinho azul.

Este é um peixinho muito interessante. Ele é todo azul. Até os seus olhinhos e boca têm a cor do céu.
Ele vive em um lago de águas muito azuis e limpas,  nunca é visto por ninguém, nem mesmo pelos outros peixes, pois ele se confunde com as águas do lago. Aproveitando ser tão diferente e o fato de poder passar despercebido, ele come todas as iscas dos anzóis dos pescadores que nunca conseguem fisgá-lo. Aliás, os pescadores quando percebem que um peixe mordeu a isca, o peixinho azul já está bem longe e de pança cheia.
O peixinho azul vive bem feliz lá no lago . Mas, um dia ele  ficou muito triste quando ouviu um peixe colorido comentar:
- Nossa, que peixe sem graça! O dia em que ele nasceu devia estar horroroso, não havia nenhuma cor para pintá-lo.
O peixinho azul não entendeu o que isso queria dizer, mas, mesmo assim, ficou triste. Ele sabia que era bem diferente e se achava bastante sem graça.
Não ficou muito tempo pensando no que escutara. Continuou nadando pelo lago e comendo as iscas de todos os pescadores. Quando voltou para casa, perguntou a sua mãe:
- Por que eu sou todinho azul? Não tinha cor pra me pintar?
A mamãe peixe ficou surpresa com a pergunta, mas logo respondeu:
- Não filho, tinham todas as cores do mundo. Mas eu escolhi para você a cor do céu onde os anjos vivem.
O peixinho azul ficou felicíssimo com a resposta da mamãe. E, depois daquele dia, toda vez que outro peixe comenta sua falta de colorido, ele dá uma boa risada e diz:
- É que eu sou um anjo que caiu do céu e vive na água.

O papai tartaruga.

Você lembra da Lili? Não?! Lili é a mamãe tartaruga que cuida muito bem de sua família. Você esqueceu que ela vai à feira e compra frutas, legumes e verduras para seus filhotes? Ah, não sabia?! Então, é porque você não leu a historinha da Lili. Procure que ela está por aí.
Mas, esta não é a Lili e, sim, seu marido, o Tinoco. Ele é o papai tartaruga que teve a sorte de casar com a Lili, que, além de  charmosa, é uma esposa muito legal.
Bem, Tinoco todo dia sai cedinho de casa e vai para o trabalho. Ele é marceneiro. Você sabe o que é isso? Marceneiro é quem trabalha com madeira, faz banco, mesa e outros objetos. Você deve estar pensando em como Tinoco pode ser marceneiro, pois a gente sabe que tartaruga, normalmente, é um bicho bastante lento. Mas, acredite ou não, Tinoco é um excelente marceneiro. Ele faz tudo devagarinho, porém tem muito capricho em tudo o que faz. Os móveis feitos por ele são bonitos, resistentes e todos os outros animais da floresta querem comprar. É por isso que Tinoco trabalha tanto. Mas vale a pena, Tinoco é dono de seu próprio negócio e é um empresário bem sucedido. Mas, aos sábados, ele nunca se esquece de suas obrigações de marido e pai, e, enquanto Lili vai para o salão de beleza, ele vai com seus filhos ao mercado. É, a família de Tinoco e Lili é realmente muito bacana.

A árvore camarada.



Frondosa é a árvore mais contente da floresta. Ela está sempre sorrindo e muito feliz.
A maior alegria que ela pode ter é ver que os passarinhos pousam nela e cantam lindas canções. Não são só os passarinhos que aproveitam de sua beleza, as borboletas também voam ao seu redor e enfeitam mais ainda a floresta.
Todos os animais que moram no meio da mata visitam esta linda árvore. Principalmente, quando chega a primavera e ela fica toda florida. Os macacos pulam em seus galhos, mas não deixam que nenhuma de suas flores caiam. A preguiça descansa em seu tronco, as formigas passeiam pelos arredores,  e, ao cair da noite, a coruja pousa num pedacinho de tronco que ela tem pertinho de seus olhos e dali vigia a floresta.
Até os animais mais bravos quando chegam perto de Frondosa ficam mansos. Imaginem que tigres e leões se deitam a seus pés e aproveitam a gostosa sombra que ela faz.
É por isso que Frondosa vive contente e ri à toa, além de linda, ela é a árvore camarada e amiga de todos os bichos da floresta.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Gugu, o herói cogumelo.


Esta é a história de um cogumelo que vivia num belo jardim. Ele brincava com as flores, com as borboletas e os passarinhos. Só não gostava muito das formigas que lhe faziam cócegas quando subiam nele.
Gugu estava sempre alerta a tudo o que acontecia naquele jardim. Tomava conta para que ninguém arrancasse as flores e espantava as lagartas para que não comessem as plantas.
Um dia, alguns meninos estavam jogando bola por ali, bem pertinho. A bola caiu no jardim e machucou uma linda margarida que começou a chorar. Gugu ficou muito zangado, mas não podia sair do lugar, afinal, cogumelo não anda. Mas, ele ficou bastante esperto e quando um dos meninos entrou no canteiro para pegar a bola, ele abriu os olhos e fez "buuu", dando um grande susto no moleque. O garoto saiu correndo, gritando de medo e nunca mais se atreveu a jogar bola naquele lugar.  Depois desse dia, todas as flores, pássaros e insetos do jardim fizeram de Gugu o seu herói e ele se tornou um cogumelo ainda muito mais feliz do que já era.

O peixinho beijoqueiro.

Leopoldo é um peixinho especial. Ele é todo colorido e bastante sapeca. Onde chega, chama a atenção por ser diferente dos outros peixes. Além das lindas cores que cobrem o seu corpo, ele está sempre com cara de felicidade. Também, não é pra menos, ele é o peixinho mais namorador e beijoqueiro das redondezas.
De vez em quando, Leopoldo se dá mal, mas isso é muito raro. Normalmente, as peixinhas adoram ser paqueradas e até beijadas por ele.
Numa linda tarde de primavera, ele estava inspirado e romântico, cantava e mergulhava bem fundo, voltava à tona e fazia mil gracinhas para que todos vissem. Num desses mergulhos, Leopoldo viu uma peixinha toda prateada que emitia luzes de seu lindo corpinho. Não deu outra, ele correu em sua direção e, mais que depressa, tacou-lhe um longo beijo. Nossa! Quase virou peixe frito e saiu todo queimado. É que a tal peixinha era um peixe elétrico. Ele levou um baita susto e ficou com os lábios enormes.
Bem, desse dia em diante, Leopoldo continuou beijoqueiro e namorador, mas, agora, escolhe com muito cuidado a quem beijar.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Lili vai à feira.

Lili é a mamãe tartaruga. Ela tem três tartaruguinhas e mora numa linda casinha.
Toda quinta-feira, Lili acorda cedo, prepara o café dos seus filhotinhos, arruma o lanche da escola e, depois que os leva ao colégio, vai à feira.
Lili cuida muito bem da saúde de sua família e sabe que é importante que comam bastantes frutas, legumes e verduras.
A feira é pertinho de sua casa e ela já conhece todos os que lá trabalham. Então, ela vai direto às barracas de que mais gosta. Lili compra banana, maçã e manga na barraca do Joaquim, um coelho muito simpático. Os legumes, ela prefere os que são  vendidos pela Margarida, uma charmosa patinha. Já as verduras, ela compra sempre com a Filomena, uma minhoca que conhece o que é bom. O que é, você não acredita que os feirantes são todos animais? Pois é, esta feira é de uma cidade no meio da floresta e lá só existem bichinhos dos mais diversos tipos. Você sabe o que Lili faz pra trazer as compras para casa? Ela pede ajuda ao Caolho, um jegue velho que ganha a vida carregando sacolas para as donas-de-casa como Lili.
Assim, toda semana Lili vai à feira e compra tudo o que precisa. É claro que ficam faltando os produtos do supermercado. Mas, ao mercado não é ela que vai. Aos sábados, Tinoco, o papai tartaruga, vai com os filhotes para o mercado e faz uma compra bem grande. Nesse dia, Lili aproveita para ir ao cabeleleiro e se embelezar. Lili é uma tartaruga de sorte, está sempre bonita, feliz e tem um linda família.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Isso é que é vida.

Felipe é um menino feliz. Ele mora com seus pais e sua irmãzinha numa bela casa de uma cidade do interior.
Aos domingos, Henrique e Marina, os pais de Felipe, costumam levar as crianças para brincar e fazer pic-nic num lindo campo que fica bem pertinho da cidade. Lá, eles podem subir em árvores, correr, jogar bola, tomar banho de rio e desfrutar da linda paisagem.
Felipe adora o passeio, pois encontra seus amigos e, enquanto seu pai pesca, sua mãe colhe frutos e sua irmã  brinca de boneca , ele  está sempre se divertindo bastante.
Uma vez, Felipe resolveu subir em uma das árvores que estava carregadinha de frutas e ajudar sua mãe. Marina havia levado um grande cesto para colocar as frutas e Felipe as pegava e, lá do alto, as jogava para ela. O cesto ficou cheinho e durante a semana foram feitos muitos doces e geleias.
Bem, não é todo domingo que a família de Felipe pode ir ao campo, mas quando vai o programa é muito legal. Na volta para casa traz flores, frutas, peixes. É por isso que toda vez que a gente vai visitar Felipe encontra lindas flores enfeitando a casa, um monte de doces gostosos e, se der sorte de chegar na hora do almoço, pode até saborear um peixinho frito ou ensopado. O melhor de tudo é a conversa, porque cada coisa que é oferecida tem uma história a ser contada. Compadre, nem te conto que trabalhão deu este peixe para ser fisgado, ou, então, olha, essa geleia foi feita com a fruta fresquinha que Felipe pegou lá no campo. Ah! Isso é que é vida. Como é bom ter um lindo campo pertinho de casa.

sábado, 19 de setembro de 2009

O banho da Juju.

Vocês se lembram da Juju? Não?! Então, eu vou relembrar a vocês quem é a Juju. Ela é aquela joaninha que vive no jardim da minha casa. Agora, eu acho que vocês já sabem quem é. Pois é, ela carregou uma flor tão grande para me dar de presente que ficou toda suada. Pra mim foi uma enorme surpresa quando encontrei a tal flor na jarra da sala. Juro que fiquei muito emocionada e feliz. Mas, maior surpresa ainda foi quando entrei no banheiro e adivinhem que estava se banhando. Isso mesmo, vi Juju dentro de uma bacia, toda contente, tomando uma chuveirada.
Fiquei meio sem graça, afinal não sabia como me comportar. Ela se esfregava com a bucha e ria um bocado quando o sabonete lhe pulava das mãos. Nem percebeu a minha presença. Como eu não queria incomodar, tentei sair devagarinho, mas a porta fez barulho e ela me viu. Com toda naturalidade, ela disse:
- Oi, querida. Você também quer tomar banho? Espere só um pouquinho, já estou terminando.
Nunca pensei que isso pudesse acontecer, eu nem sabia que joaninhas tomam banho. Quanto mais de chuveiro. Agora, sempre que chego do colégio procuro Juju pelo jardim e, se não a encontro, vou correndo ao banheiro para ver se ela está por lá. E sabem o que descobri? Pelo menos uma vez por semana, Juju toma uma chuveirada bem gostosa e se diverte um bocado no banheiro aqui de casa.

Melinda.

Melinda é uma abelha especial. Ela é muito brincalhona, mas também gosta bastante de trabalhar.
Quando a abelhinha nasceu, sua mãe viu que ela era meiga, doce e linda, por isso lhe deu o nome de Melinda. Mel, por ser doce e meiga, e linda, porque tinha uma carinha brejeira e alegre.
Melinda adora brincar nos jardins e de preferência naqueles que têm as flores mais coloridas. Ela voa e pousa de flor em flor. Suga o néctar de uma florzinha, vai para outra e faz o mesmo. Enquanto voa, dá piruetas, vira cambalhotas, sorri e encanta a todos que  por ela passam. Ela nunca ataca ninguém. Melinda é uma abelha carinhosa e divertida.
Mas, na hora de trabalhar, Melinda deixa toda brincadeira de lado e coloca as mãos-à-obra. Ela ajuda as outras abelhas da colméia em que mora a produzir o mel. Neste momento, ela é séria e responsável, pois sabe que o seu trabalho é muito importante não só para as abelhas, mas, também, para as pessoas. Afinal, quem é que não gosta de mel. Melinda fica toda orgulhosa quando vê uma criança chupando um travesseirinho de mel. É aí que ela percebe como o seu trabalho é legal.
Pois é, Melinda é trabalhadeira e divertida, gosta de produzir mel e gosta de brincar. Mas, ela sabe muito bem que existe hora para brincar e hora para se dedicar aos seus afazeres. É por tudo isso que ela é uma abelhinha feliz, pois se sente amada pelas abelhas e também pelas pessoas.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Juju, minha amiga joaninha.

Juju é uma joaninha que mora no jardim da minha casa. Ela é alegre, bonita e muito carinhosa.
Juju está sempre voando de flor em flor, sorri o tempo todo e tem os olhinhos doces como cocada.
Esta joaninha é mesmo uma gracinha e encanta a todos que passam pelo jardim.
Um dia, quando eu chegava do colégio, ouvi um barulho num cantinho do jardim. Era o barulho de alguém fazendo força. Olhei, procurei, e, finalmente, deparei com Juju carregando uma flor maior que ela. Coitadinha, a flor era muito pesada e Juju a arrastava com bastante dificuldade. Não entendi nada. Pra que seria que Juju queria uma flor daquele tamanho. De repente, Juju começou a voar com a flor presa em suas patinhas. Coitada, cambaleava pra lá e pra cá, mas foi embora. Fiquei intrigada com o que vira, mas vai entender as joaninhas.
Bem, saí do jardim e entrei em casa. Fui ao meu quarto para guardar o material da escola e, depois, fui para sala almoçar. Quando cheguei à sala, em uma jarra em cima da mesa estava a flor que Juju pouco antes carregava e havia um bilhete que dizia: "Beijos da Juju.".        
     Fiquei muito feliz. Juju não é apenas uma joaninha, ela é a minha querida amiga joaninha.    

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O sapo vaidoso.




Julico é um sapo muito vaidoso. No brejo em que ele mora, é famoso por estar sempre limpinho e bem arrumado. Ele é alegre, animado, adora passear e é muito namorador.
Perto do brejo em que Julico mora existe o clube Sapolândia à beira de uma linda lagoa. Todo sábado, no clube há um baile. E advinhe só, Julico não perde um. Quando chega ao baile, todas as sapas e pererecas ficam bastante agitadas. É claro, elas querem dançar com o sapo mais elegante do brejo. Julico não se faz de difícil, dança com uma sapa, paquera uma perereca, pisca o olho pra outra e, de vez em quando, até canta para alguma sapinha mais bonita.
Um dia, num dos bailes, Julico conheceu Sapeca, a sapa mais charmosa do brejo, e por ela ficou apaixonado. Seu coração não parava mais de bater forte. Sempre que ele via Sapeca, ficava com o rosto vermelho, com falta de ar e se complicava todo. Não tinha como disfarçar, Julico caía de amores por aquela sapinha. Sapeca percebia tudo, mas fingia que não notava.
Julico não sabia mais o que fazer para que Sapeca olhasse pra ele. Começou a ficar triste e cheio de brotoejas. Mas, numa tarde de domingo, ele estava sozinho passeando pela lagoa quando, de repente, alguém veio por trás e falou:
- Oi, Julico. Que bom que veio passear. Tenho te procurado, mas nunca te encontro. Quero te convidar para ir ao baile da semana que vem comigo. Você quer?
Julico quase explodiu de tanta emoção. Na semana seguinte levou Sapeca ao baile, começou a namorar e alguns meses depois eles se casaram. Hoje, Julico continua muito vaidoso, vive sempre bem arrumado e passeia de braços dados com Sapeca. Os dois coaxam e coaxam de felicidade.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O jacaré Humberto.




Esta é a história de um jacaré muito esperto. Ele era conhecido no pântano em que morava pelo nome de Humberto. Seu nome até rimava com esperto. E é verdade, Humberto era um jacaré bastante sabido,inteligente e, principalmente, obediente.
Humberto desde pequeno ouvia sua avó dizer:
- Jacaré que nada de costas vira bolsa.
Ele não sabia bem o que isso significava, mas Dona Pança Larga, sua avó, repetia sempre:
- Humberto, meu querido, preste atenção porque jacaré que nada de costas vira bolsa.
Humberto foi crescendo e nunca esquecia aquelas palavras.
Um dia, enquanto passeava pelo pântano, viu uma coisa esquisita e saiu correndo para contar pra avó. Chegou em casa e disse:
- Vó, eu vi um monte de madeira coberto com uma rede
lá no meio do matagal.
Foi, então, que Dona Pança Larga explicou que aquilo era
armadilha construída pelos caçadores para pegar jacaré.
Ela falou, também, que os caçadores vendem a pele do
jacaré para fazer bolsa.
Humberto ficou assustado e triste com o que ouviu de sua
avó. Ele jamais imaginara tanta maldade. Mas, agora, ele
entendeu direitinho o que sua avó dizia. Era preciso estar
sempre prestando atenção e olhando de frente o que se
passava para não ser pego pelos caçadores. É por isso que
a vovó de Humberto sempre repetia:
- Cuidado! Jacaré que nada de costas vira bolsa.

Um passeio ao Jardim Zoológico.

Lucca é um menino de apenas dois aninhos de idade. Ele é muito bonito, simpático e esperto.
Lucca e sua mamãe vieram passar o fim de semana na casa de seus tios. Foi uma farra danada.
No domingo, eles foram para o Jardim Zoológico e se divertiram um bocado.
Lucca adorou ver os bichinhos de perto. Viu o leão, o macaco, o tigre, o hipópotamo, a arara, o elefante e todos os outros animais que moram no zoológico.
Ele achou bastante graça do macaco de bumbum vermelho, mas ficou com medo da girafa. Também pudera, ela era enorme, com um pescoço comprido e se esticou todinha para pegar uma folha na mão do dindo, pois é, um dos tios de Lucca também é seu dindo.
Todos gostaram do passeio e logo que voltaram para casa, Lucca contou para a vovó o que tinha visto. Fazia todos os gestos e sons imitando os bichinhos e, aí, a história ficou assim: para o leão - row, row; para o macaco- pulava e coçava a cabeça ; para o elefante - dizia "é gandão" e fazia um bico com a boca para imitar a tromba.
Nossa! Lucca ficou muito feliz e, quando voltar para a sua cidade, vai ter um montão de novidades para contar pro papai.

sábado, 12 de setembro de 2009

Nanico.


Nanico é um mico atrapalhado, tudo o que faz não dá certo. Se vai para o alto de uma árvore, até chegar lá em cima leva vários tombos e escorregões. O pior é quando vai pular de galho em galho, se não cai, fica pendurado com se fosse um fruto murcho. Na maioria das vezes, tromba com os galhos e fica todo machucado.
É, este é mesmo um miquinho bem atrapalhado. Não consegue fazer nada direito.
Nanico é o alvo das piadas dos outros macacos, mas nem liga. Afinal, ele é desajeitado, mas, também, é muito engraçado.
A mata em que ele vive fica perto de algumas casas e de quando em quando os micos entram nos quintais. Aí, é um Deus nos acuda. É um corre-corre danado. Os donos das casas expulsam os micos, mas com Nanico não fazem nada. Ele é a alegria das crianças que lhes dão comida e brincam com ele.
Pois é, Nanico pode não ser um mico como os outros, mas
tem suas qualidades. Além de muito simpático, é manso e
divertido e, com isso, tornou-se muito querido por todos
que o conhecem. Nanico é o trapalhão da floresta e o
bichinho de estimação da criançada.

Ligeira, a formiga peralta.

Ligeira era uma formiga esperta e bastante levada. Enquanto as outras formiguinhas trabalhavam, Ligeira só queria saber de brincar, correr, subir em árvores e passear pelos gramados.
Dona Lica, a mãe de Ligeira, era muito exigente, sua casa estava sempre bem arrumada e ela, com seus outros filhos, trabalhava o dia inteiro para que não faltasse nada para a família. O único problema que Dona Lica tinha era com a Ligeira. Não conseguia que a formiga peralta ajudasse em nada e quando chamava a sua atenção ouvia sempre a mesma frase:
- Ora, mamãe, eu sou ainda uma criança. Não tenho idade para trabalhar e sim pra brincar.
Dona Lica ficava brava, mas, ao mesmo tempo, reconhecia que Ligeira tinha razão. Ela era realmente apenas uma formiguinha e, por isso, só queria saber de brincadeiras.
Mas o tempo foi passando, Ligeira foi crescendo e sua atitude continuava a mesma. O dia inteirinho era só para o divertimento, nada de produzir ou ajudar a família.
Um dia, Ligeira conheceu uma formiga da qual tornou-se amiga. Esta já era uma formiguinha adolescente que gostava de se arrumar, pintar o rosto, colocar batom e namorar. Aí, Ligeira chegou em casa e quis fazer o mesmo, começou a se enfeitar toda. Mas, na hora de pintar o rosto e colocar o batom, sua mãe disse:
- Não Ligeira. Você não pode sair como uma moça por aí. Vá lavar o rosto. Não se esqueça que você é apenas uma criança, como você mesma vive dizendo. Vá pular corda, ou subir nas árvores.
Ligeira ficou zangada com a mãe e no dia seguinte acordou, se arrumou e foi trabalhar com seus irmãos. Lá pelo final da tarde, voltou para casa e se enfeitou toda para sair com sua amiga e paquerar. Quando passou pela sala, sua mãe, toda carinhosa, falou:
-Nossa, Ligeira. Como você está linda, já é uma moça e eu nem tinha notado.
Ligeira saiu muito feliz e daquele dia em diante tornou-se uma formiga responsável. Gostava de brincar? Ainda gostava. Mas, agora, sabia que há hora para tudo e que assim a vida é muito mais gostosa.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Comprida, a girafa fofoqueira.

Comprida era uma linda girafa que morava no jardim zoológico de uma pequena cidade.
Ela era muito esperta e prestava atenção a tudo que se passava ao seu redor. Estava sempre atenta e vivia espiando os outros animais.
O problema é que Comprida era a maior fofoqueira do zoológico. Tudo que acontecia por lá, ela tratava logo de espalhar a notícia. Por isso, tinha poucos amigos.
Ela não poupava ninguém, falava mal do leão, contava mentiras do macaco, ria do jacaré, implicava com a onça ... O único bicho que ela respeitava era o rinoceronte. Desse, sim, ela tinha até medo.
Por que seria que ela só respeitava o rinoceronte? Vocês querem saber? É que um dia ela estava toda prosa, com o pescoço bem esticado, olhando para a jaula do rinoceronte e, de repente, comentou:
- Nossa, que bicho mais feio, grande e fedorento.
Pra quê, o rinoceronte escutou tudo e ficou furioso.
Ele saiu correndo, deu uma chifrada no galho de uma árvore
e gritou:
- Comprida, cuidado comigo! Na próxima vez a chifrada vai ser no seu pescoço.
A girafa ficou apavorada e nunca mais abriu a boca para falar nada do rinoceronte.
Vocês pensam que ela tomou jeito? Que nada. Continua fazendo fofoca,
mas antes olha bem o tamanho do bicho com que está se metendo.

Que gracinha de elefante.


Fofinho era um elefante muito carinhoso, gentil e bonito. Estava sempre contente, mas vivia isolado dos outros elefantes.
Ele, na verdade, não sabia bem o que, nem quem, ele era.
Sabia que era um animal, alto, grande e gordo, mas não sabia que era um elefante.
Também pudera, ele não se parecia em nada com seus irmãos, com seus pais, com ninguém que conhecia. Ele tinha tromba, grandes orelhas e patas, porém não era cinza. Adorava amendoim, mas gostava também de frutos, balas, doces. Nunca pisava nas flores, andava com muito cuidado para não machucar as formigas ou qualquer outro animalzinho que fosse menor que ele.
É, Fofinho era diferente. Mas não era somente na cor. Ele era o mais meigo de todos os elefantes que moravam na floresta.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Dentuço.


Dentuço é um coelhinho muito feliz. Ele está sempre de bom humor e contente. É obediente e faz tudo direitinho. Toda manhã, ele acorda cedo e vai para o colégio. Na volta, apronta as tarefas de casa, ajuda a mamãe, brinca com os amigos e, à noite, dorme cedo.
Pois é, Dentuço é um amor de coelho. Mas, na hora de comer sempre apronta. Não gosta disso, não gosta daquilo, só quer saber de doces.
Um dia, seu dentinho começou a doer e, então, a mamãe coelha falou:
- Viu, meu filho. Você não quer comer verduras e legumes e, agora, está com dor de dente. Vou colocar um remedinho e logo ficará bom.
Dentuço prestou bastante atenção no que sua mãe disse. No dia seguinte, na hora do almoço, sentou-se à mesa e comeu tudo bem direitinho. Comeu couve, cenoura e outros
legumes. Depois disso, Dentuço cresceu forte e mais bonito.

O passarinho que mudava de cor.



Esta é a história de um lindo passarinho.
Ele era diferente de todos os outros, já que podia mudar de cor.
Como isso acontecia? Dependia de como ele se sentisse.
Se estava alegre, ficava vermelho. Se o dia era de muito sol,
ele era amarelo. Mas, à tardinha, com a chegada da noite, ele
tornava-se azul. Ficasse de que cor ficasse, sempre voava de flor em flor, descansava nos galhos das árvores, brincava muito.
Veja só!
O que é? Você não acredita? Eu também pensava que era mentira e,
de repente, minha história ficou cheia deste passarinho.
Olhe bem! Notou como ele muda de cor. Então, agora você acredita?!
Que bom!!!




O cachorro que adorava cantar.


Fininho era um cachorro que adorava cantar. Ele se divertia o dia todo cantarolando. O problema é que ele dormia pouco e quando estava acordado não fazia outra coisa. Mal abria os olhos, sacudia o rabo e começava:
- Au, au, au, au, au ...
Imagine como os seus donos ficavam. Reclamações dos vizinhos, barulho o dia inteiro e o pior era que Fininho cantava muito alto.
Um dia, Alice, a dona do Fininho, teve uma ideia e disse para seu marido:
- Vou ligar o rádio para ver se Fininho sossega um pouco.
E assim ela fez, mas não adiantou nada. Agora, além de cantar, ele dançava, rebolava, dava cambalhotas, pintava o     sete.
Alice não sabia mais o que fazer. Pensou até em dar o cachorro.
Mas, quanto mais pensava nisso, mais triste ficava. Fininho era
barulhento, claro que era, mas, também, era seu melhor amigo.
Numa bela manhã, ela foi passear com ele pelo parque e Fininho
desatou a cantar. Foi um sucesso. As pessoas batiam palmas,
cantavam e dançavam junto. Alice, então, resolveu levá-lo
todo domingo ao parque.
Fininho ficou famoso e ninguém reclamava de mais nada. Afinal,
não é todo mundo que tem como vizinho um cachorro cantor.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O patinho que não sabia nadar.

Esta é a história de um patinho medroso. Desde pequeno, ele tinha pavor de chegar à beira do lago.
Todas as manhãs, Dona Pata saía para passear com os seus filhotes. E todos se divertiam muito no lago. Mas, não havia meio de fazer com que Patotinha, o tal patinho, entrasse na água.
Todos os outros patinhos riam dele, e ele não ligava para as piadas de seus irmãos e companheiros. Porém, um dia a coisa ficou feia para o lado de Patotinha. Ele saiu para dar uma volta em torno do lago e começou a chover. Choveu tanta água que o lago transbordou. E foi então que o patinho medroso se viu em apuros. E agora? Ele corria de um lado para o outro e gritava:
- Socorro! Socorro!
Mas, seus gritos de nada adiantavam, pois ele estava sozinho e distante de casa.
Depois de algum tempo, Patotinha resolveu ver se conseguia voltar para casa. Afinal, já tinha se passado horas que saíra. Entrou por debaixo de umas árvores e teve a sorte de encontrar um barco. Foi muita sorte mesmo. O barco estava até com os remos. Tremendo de medo, ele entrou no barco e começou a remar. Finalmente, chegou a um lugar seguro. A água já tinha baixado e ele estava perto de casa. Estava a salvo.
Enquanto isso, Dona Pata estava desesperada à procura do filho fujão. Já tinha saído várias vezes, mas não o havia encontrado. Quando Patotinha entrou em casa foi recebido com um grande abraço e um puxão de orelhas.
No dia seguinte, Dona Pata e Patotinha foram sozinhos para o lago e ela começou a ensiná-lo a nadar. Hoje, ele é um pato feliz e nada como ninguém.

A borboleta feliz.




Era uma vez uma borboleta que estava sempre feliz. Ela passeava pelos jardins, pousava nas flores e fazia várias piruetas no ar.
Ela era muito colorida e, por isso, chamava a atenção de todos que a viam. E quando percebia que tinha alguém a observando, aí, sim, ficava mais contente ainda. Voava, voava e batia as suas lindas asas.
Vivia acompanhada por outras borboletinhas, mas nenhuma delas tinha a sua beleza.
Brincava o tempo tempo, mesmo que o dia não fosse de sol. Não tinha tempo feio pra ela, pois o que mais gostava
era de passear e se divertir.
Eu sabia sempre aonde encontrá-la. Mas um dia, cheguei ao jardim de casa e não a vi.
Esperei alguns dias e nada. Fiquei triste, mas quando olhei para um cantinho do canteiro vi um pequeno papel bem dobradinho. Abri e ali estava um recado: "Fui alegrar outros lugares. Qualquer dia, eu volto. Beijos da arco-íris." Nossa, fiquei tão emocionada que quase explodi de felicidade.
Então, preste atenção, se você encontrar a linda borboletinha num jardim perto de sua casa, brinque bastante com ela e diga que estou com muita saudade.

O leão hospitaleiro.

Era uma vez um leão que morava num jardim zoológico. Ele estava acostumado a receber visita de crianças e gostava de que elas brincassem com ele. Mas, as crianças chegavam, brincavam e iam para casa.
Um dia, o leão recebeu a visita de uns pinguins. É verdade, os pinguins tinham se perdido no mar e nadaram até as praias do Rio de Janeiro. Eles foram recolhidos pelos pescadores e levados para esse tal jardim zoológico. Bem, quando os pinguins lá chegaram não tinha nenhum cantinho em que pudessem ficar a salvo. Foi aí, que um dos funcionários do zoológico teve a ideia de colocá-los na jaula do leão. E não é que a coisa deu certo. O leão era muito legal e gostou da companhia dos novos amiguinhos. Além de protegê-los, se divertia vendo as crianças admirando os novos moradores de sua jaula. Agora, acredite se quiser, os pinguins eram mais bravos que o leão.

A professora que contava histórias.


















Era uma vez uma professora que adorava contar histórias. Mas, não gostava muito de repetir o que estava nos livros infantis. Então, contava suas próprias histórias ou imaginava finais diferentes (mais alegres) para as que já conhecemos. Por exemplo, na história do Chapéuzinho Vermelho, o lobo não comia a vovó. Ele a escondia dentro do armário e, mais tarde, ela era libertada pelo caçador. O lobo também não era tão mau assim, logo não precisou ser morto. O caçador levou o lobo para morar no jardim zoológico. Imaginem vocês que ele morria de medo em sua nova moradia. Também, não era pra menos, virou vizinho do leão.
Pois é, agora, sempre que quiser, pode ler ou pedir para que alguém leia para você as historinhas que vou escrever. Espero que goste e que a gente possa se divertir juntos.