sábado, 31 de outubro de 2009

Lindoca, a estrela chorona.

Lindoca é uma estrelinha chorona. Sempre que anoitece, ela aparece no céu e começa a chorar. As outras estrelas nem gostam de ficar muito perto de Lindoca, porque as suas lágrimas são tantas que chegam a molhar quem estiver a seu lado.
Coitadinha de Lindoca, ela chora o tempo todo porque tem medo de escuro, medo de altura e não gosta de sair à noite. Ela queria mesmo é ser o sol para  ficar acordada de dia e poder deitar em sua caminha durante toda a madrugada.
Mas, não é só por isso que Lindoca é triste e chorona. Ela está apaixonada e imagine só, ela se apaixonou por uma estrelinha que não mora no céu e sim no mar. Você sabia que existe estrela do mar? Pois é, existe sim. Certa noite, Lindoca chorava tão alto que uma estrelinha do mar viu suas lágrimas pingarem na água, olhou para cima e  lá no alto do céu viu Lindoca de cara inchada de tanto chorar. Então, a estrela do mar, temendo que as lágrimas virassem um temporal, gritou bem alto:
- Ei, você aí em cima, pare com isso! Assim, o mar vai acabar transbordando.
Lindoca ouviu o grito e ficou toda envergonhada. Parou de chorar e começou a conversar com a estrela do mar que se chamava Rodolfo. A partir desse dia, a vida da nossa estrela Lindoca se transformou, pois ela toda noite, mesmo com medo, saía de casa e enfrentava a escuridão para bater papo com Rodolfo.
Mas, numa tarde, a maré mudou, ficou muito forte e arrastou Rodolfo para muito longe dali. Lindoca nunca mais viu o seu amigo, seu coração ficou triste e ela recomeçou a chorar.
É, Lindoca, a estrela chorona, continua aparecendo toda noite lá no céu chorando de medo de escuro, chorando de medo de altura e, agora, de muita saudade de seu amor, a estrela do mar Rodolfo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Fumaça, um gato de sorte.

Vou contar para você a história de Fumaça, um gatinho que apareceu na padaria do Joaquim.

Um dia, bem cedinho, quando Joaquim chegou para abrir a padaria encontrou deitado perto da porta um filhote de gato. O gatinho era bem pequeno, todo cinza e muito feinho. Joaquim pegou o bichinho e resolveu cuidar dele, pois ele estava muito magrinho. Joaquim colocou leite numa tigela e deu para que o gatinho bebesse, ele tomou todo o leite, mas era tão pequenininho que quase caiu dentro da tigela. Depois de alimentado, o gatinho ficou mais esperto e foi aí que Joaquim reparou que ele tinha um jeitinho brejeiro e que não era tão feio assim. Joaquim lhe deu o nome de Fumaça e deixou que ele ficasse morando na padaria.
Os dias foram passando e Fumaça foi crescendo e se tornando um gato muito querido por todos. Ele é muito manhoso e simpático. Passa os dias se esfregando nas pernas de Joaquim, pedindo carinho dos fregueses ou dormindo em cima do saco de farinha.
Sempre que chega alguém na padaria e pergunta pelo Fumaça, ele vem andando devagarinho, miando e pedindo colo.
Fumaça é um gato de sorte. Agora, ele já está velhinho, mas continua na padaria do Joaquim. Se você quer conhecê-lo é só passar por lá.



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Risonho, meu amigo sol.



Esta é a história de Risonho, o sol que visita o quintal lá de casa.
Ele está sempre muito feliz e quando chega enche de alegria as flores, as árvores, os pássaros e, principalmente, a mim.
Eu sou um menino que gosta de brincar com pedrinhas, jogar bola, empurrar meus carrinhos e correr pelo jardim. Mas, mamãe e papai não deixam eu brincar do lado de fora quando o tempo está frio ou ruim. Então, logo que Risonho, meu amigo sol, aparece, eu já sei que vou poder sair e aproveitar a sua companhia.
Risonho, além de ser um solzinho contente,  é um bom companheiro. Ele me protege, me aquece e, se fica muito quente, avisa para que eu vá para debaixo de uma árvore.
É muito legal ver o sol brilhando no céu, mas, melhor ainda, é quando o sol é seu amigo e vem para brincar e se divertir com você. Risonho é o meu sol camarada. E você, também tem um solzinho só seu?


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Filomena, a centopeia do tempo.

Filomena é uma centopeia muito esperta. Ela passa seus dias à beira de uma colina observan-do o clima. Sabe quando o vento vai mudar, se vai fazer sol ou chover e se a temperatura vai aumentar ou cair.
Filomena todo dia acorda bem cedinho e, depois de  tomar o seu café da manhã, vai para o seu serviço. Fica boa parte do dia junto à colina e anota em um bloquinho as observações feitas sobre o clima.
Mais tarde, ela volta para casa e começa a preparar o boletim meteorológico do próximo dia.
Filomena não é paga para fazer esse trabalho, mas ela fica toda orgulhosa quando acerta e recebe elogios dos outros animais. Geralmente, ela tem sorte, pois se ela diz que vai chover, chove, se diz que vai esfriar, esfria ...
 Filomena ocupa parte do seu tempo fazendo isso, ela acha que é um serviço muito importante para ela e os outros bichinhos que moram na mesma mata, pois, assim, todos podem organizar as tarefas do dia sem correr o risco de pegar chuva, ficar resfriado, ter insolação. No resto do tempo que sobra para Filomena, ela colhe folhas e sementes para levar para casa e garantir o seu café da manhã, almoço e jantar. Filomena ainda não se casou e nem pensa nisso, ela já tem o seu dia bastante ocupado.


Os sons da natureza.


Numa cidade grande é muito difícil poder escutar os sons da natureza. O que se ouve é o barulho dos carros, das pessoas, das buzinas, das freadas, das construções. O silêncio não existe e quando há um pouco dele logo é interrompido pela sirene de uma ambulância, do carro de polícia ou do caminhão do corpo de bombeiros.
No campo e nas florestas o som é diferente. Não há o barulho de motores e sim o cantar dos pássaros, o mugir das vacas, o coaxar dos sapos, as vozes dos animais. A paz reina e o silêncio só é cortado pela melodia que a natureza canta. Pode-se ouvir o barulho das águas que caem das cachoeiras, o zumbir do vento nas folhas das árvores, o desabrochar das flores, o barulho dos frutos que caem no chão. Até a chuva, o trovão ou o relâmpago fazem parte desta linda canção. É por isso que os animais estão sempre mais felizes que os homens. Eles podem não ter a inteligência do homem, mas têm a sabedoria da vida.