sábado, 12 de setembro de 2009

Ligeira, a formiga peralta.

Ligeira era uma formiga esperta e bastante levada. Enquanto as outras formiguinhas trabalhavam, Ligeira só queria saber de brincar, correr, subir em árvores e passear pelos gramados.
Dona Lica, a mãe de Ligeira, era muito exigente, sua casa estava sempre bem arrumada e ela, com seus outros filhos, trabalhava o dia inteiro para que não faltasse nada para a família. O único problema que Dona Lica tinha era com a Ligeira. Não conseguia que a formiga peralta ajudasse em nada e quando chamava a sua atenção ouvia sempre a mesma frase:
- Ora, mamãe, eu sou ainda uma criança. Não tenho idade para trabalhar e sim pra brincar.
Dona Lica ficava brava, mas, ao mesmo tempo, reconhecia que Ligeira tinha razão. Ela era realmente apenas uma formiguinha e, por isso, só queria saber de brincadeiras.
Mas o tempo foi passando, Ligeira foi crescendo e sua atitude continuava a mesma. O dia inteirinho era só para o divertimento, nada de produzir ou ajudar a família.
Um dia, Ligeira conheceu uma formiga da qual tornou-se amiga. Esta já era uma formiguinha adolescente que gostava de se arrumar, pintar o rosto, colocar batom e namorar. Aí, Ligeira chegou em casa e quis fazer o mesmo, começou a se enfeitar toda. Mas, na hora de pintar o rosto e colocar o batom, sua mãe disse:
- Não Ligeira. Você não pode sair como uma moça por aí. Vá lavar o rosto. Não se esqueça que você é apenas uma criança, como você mesma vive dizendo. Vá pular corda, ou subir nas árvores.
Ligeira ficou zangada com a mãe e no dia seguinte acordou, se arrumou e foi trabalhar com seus irmãos. Lá pelo final da tarde, voltou para casa e se enfeitou toda para sair com sua amiga e paquerar. Quando passou pela sala, sua mãe, toda carinhosa, falou:
-Nossa, Ligeira. Como você está linda, já é uma moça e eu nem tinha notado.
Ligeira saiu muito feliz e daquele dia em diante tornou-se uma formiga responsável. Gostava de brincar? Ainda gostava. Mas, agora, sabia que há hora para tudo e que assim a vida é muito mais gostosa.

Um comentário:

  1. Todos gostariam de ser como Ligeira, não é? Pode-se crescer, ser responsável e nunca perder a criança que mora em cada um de nós.
    É isso aí, Ligeira - tá com tudo, hein????

    ResponderExcluir