terça-feira, 29 de setembro de 2009

O peixinho azul.

Este é um peixinho muito interessante. Ele é todo azul. Até os seus olhinhos e boca têm a cor do céu.
Ele vive em um lago de águas muito azuis e limpas,  nunca é visto por ninguém, nem mesmo pelos outros peixes, pois ele se confunde com as águas do lago. Aproveitando ser tão diferente e o fato de poder passar despercebido, ele come todas as iscas dos anzóis dos pescadores que nunca conseguem fisgá-lo. Aliás, os pescadores quando percebem que um peixe mordeu a isca, o peixinho azul já está bem longe e de pança cheia.
O peixinho azul vive bem feliz lá no lago . Mas, um dia ele  ficou muito triste quando ouviu um peixe colorido comentar:
- Nossa, que peixe sem graça! O dia em que ele nasceu devia estar horroroso, não havia nenhuma cor para pintá-lo.
O peixinho azul não entendeu o que isso queria dizer, mas, mesmo assim, ficou triste. Ele sabia que era bem diferente e se achava bastante sem graça.
Não ficou muito tempo pensando no que escutara. Continuou nadando pelo lago e comendo as iscas de todos os pescadores. Quando voltou para casa, perguntou a sua mãe:
- Por que eu sou todinho azul? Não tinha cor pra me pintar?
A mamãe peixe ficou surpresa com a pergunta, mas logo respondeu:
- Não filho, tinham todas as cores do mundo. Mas eu escolhi para você a cor do céu onde os anjos vivem.
O peixinho azul ficou felicíssimo com a resposta da mamãe. E, depois daquele dia, toda vez que outro peixe comenta sua falta de colorido, ele dá uma boa risada e diz:
- É que eu sou um anjo que caiu do céu e vive na água.

O papai tartaruga.

Você lembra da Lili? Não?! Lili é a mamãe tartaruga que cuida muito bem de sua família. Você esqueceu que ela vai à feira e compra frutas, legumes e verduras para seus filhotes? Ah, não sabia?! Então, é porque você não leu a historinha da Lili. Procure que ela está por aí.
Mas, esta não é a Lili e, sim, seu marido, o Tinoco. Ele é o papai tartaruga que teve a sorte de casar com a Lili, que, além de  charmosa, é uma esposa muito legal.
Bem, Tinoco todo dia sai cedinho de casa e vai para o trabalho. Ele é marceneiro. Você sabe o que é isso? Marceneiro é quem trabalha com madeira, faz banco, mesa e outros objetos. Você deve estar pensando em como Tinoco pode ser marceneiro, pois a gente sabe que tartaruga, normalmente, é um bicho bastante lento. Mas, acredite ou não, Tinoco é um excelente marceneiro. Ele faz tudo devagarinho, porém tem muito capricho em tudo o que faz. Os móveis feitos por ele são bonitos, resistentes e todos os outros animais da floresta querem comprar. É por isso que Tinoco trabalha tanto. Mas vale a pena, Tinoco é dono de seu próprio negócio e é um empresário bem sucedido. Mas, aos sábados, ele nunca se esquece de suas obrigações de marido e pai, e, enquanto Lili vai para o salão de beleza, ele vai com seus filhos ao mercado. É, a família de Tinoco e Lili é realmente muito bacana.

A árvore camarada.



Frondosa é a árvore mais contente da floresta. Ela está sempre sorrindo e muito feliz.
A maior alegria que ela pode ter é ver que os passarinhos pousam nela e cantam lindas canções. Não são só os passarinhos que aproveitam de sua beleza, as borboletas também voam ao seu redor e enfeitam mais ainda a floresta.
Todos os animais que moram no meio da mata visitam esta linda árvore. Principalmente, quando chega a primavera e ela fica toda florida. Os macacos pulam em seus galhos, mas não deixam que nenhuma de suas flores caiam. A preguiça descansa em seu tronco, as formigas passeiam pelos arredores,  e, ao cair da noite, a coruja pousa num pedacinho de tronco que ela tem pertinho de seus olhos e dali vigia a floresta.
Até os animais mais bravos quando chegam perto de Frondosa ficam mansos. Imaginem que tigres e leões se deitam a seus pés e aproveitam a gostosa sombra que ela faz.
É por isso que Frondosa vive contente e ri à toa, além de linda, ela é a árvore camarada e amiga de todos os bichos da floresta.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Gugu, o herói cogumelo.


Esta é a história de um cogumelo que vivia num belo jardim. Ele brincava com as flores, com as borboletas e os passarinhos. Só não gostava muito das formigas que lhe faziam cócegas quando subiam nele.
Gugu estava sempre alerta a tudo o que acontecia naquele jardim. Tomava conta para que ninguém arrancasse as flores e espantava as lagartas para que não comessem as plantas.
Um dia, alguns meninos estavam jogando bola por ali, bem pertinho. A bola caiu no jardim e machucou uma linda margarida que começou a chorar. Gugu ficou muito zangado, mas não podia sair do lugar, afinal, cogumelo não anda. Mas, ele ficou bastante esperto e quando um dos meninos entrou no canteiro para pegar a bola, ele abriu os olhos e fez "buuu", dando um grande susto no moleque. O garoto saiu correndo, gritando de medo e nunca mais se atreveu a jogar bola naquele lugar.  Depois desse dia, todas as flores, pássaros e insetos do jardim fizeram de Gugu o seu herói e ele se tornou um cogumelo ainda muito mais feliz do que já era.

O peixinho beijoqueiro.

Leopoldo é um peixinho especial. Ele é todo colorido e bastante sapeca. Onde chega, chama a atenção por ser diferente dos outros peixes. Além das lindas cores que cobrem o seu corpo, ele está sempre com cara de felicidade. Também, não é pra menos, ele é o peixinho mais namorador e beijoqueiro das redondezas.
De vez em quando, Leopoldo se dá mal, mas isso é muito raro. Normalmente, as peixinhas adoram ser paqueradas e até beijadas por ele.
Numa linda tarde de primavera, ele estava inspirado e romântico, cantava e mergulhava bem fundo, voltava à tona e fazia mil gracinhas para que todos vissem. Num desses mergulhos, Leopoldo viu uma peixinha toda prateada que emitia luzes de seu lindo corpinho. Não deu outra, ele correu em sua direção e, mais que depressa, tacou-lhe um longo beijo. Nossa! Quase virou peixe frito e saiu todo queimado. É que a tal peixinha era um peixe elétrico. Ele levou um baita susto e ficou com os lábios enormes.
Bem, desse dia em diante, Leopoldo continuou beijoqueiro e namorador, mas, agora, escolhe com muito cuidado a quem beijar.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Lili vai à feira.

Lili é a mamãe tartaruga. Ela tem três tartaruguinhas e mora numa linda casinha.
Toda quinta-feira, Lili acorda cedo, prepara o café dos seus filhotinhos, arruma o lanche da escola e, depois que os leva ao colégio, vai à feira.
Lili cuida muito bem da saúde de sua família e sabe que é importante que comam bastantes frutas, legumes e verduras.
A feira é pertinho de sua casa e ela já conhece todos os que lá trabalham. Então, ela vai direto às barracas de que mais gosta. Lili compra banana, maçã e manga na barraca do Joaquim, um coelho muito simpático. Os legumes, ela prefere os que são  vendidos pela Margarida, uma charmosa patinha. Já as verduras, ela compra sempre com a Filomena, uma minhoca que conhece o que é bom. O que é, você não acredita que os feirantes são todos animais? Pois é, esta feira é de uma cidade no meio da floresta e lá só existem bichinhos dos mais diversos tipos. Você sabe o que Lili faz pra trazer as compras para casa? Ela pede ajuda ao Caolho, um jegue velho que ganha a vida carregando sacolas para as donas-de-casa como Lili.
Assim, toda semana Lili vai à feira e compra tudo o que precisa. É claro que ficam faltando os produtos do supermercado. Mas, ao mercado não é ela que vai. Aos sábados, Tinoco, o papai tartaruga, vai com os filhotes para o mercado e faz uma compra bem grande. Nesse dia, Lili aproveita para ir ao cabeleleiro e se embelezar. Lili é uma tartaruga de sorte, está sempre bonita, feliz e tem um linda família.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Isso é que é vida.

Felipe é um menino feliz. Ele mora com seus pais e sua irmãzinha numa bela casa de uma cidade do interior.
Aos domingos, Henrique e Marina, os pais de Felipe, costumam levar as crianças para brincar e fazer pic-nic num lindo campo que fica bem pertinho da cidade. Lá, eles podem subir em árvores, correr, jogar bola, tomar banho de rio e desfrutar da linda paisagem.
Felipe adora o passeio, pois encontra seus amigos e, enquanto seu pai pesca, sua mãe colhe frutos e sua irmã  brinca de boneca , ele  está sempre se divertindo bastante.
Uma vez, Felipe resolveu subir em uma das árvores que estava carregadinha de frutas e ajudar sua mãe. Marina havia levado um grande cesto para colocar as frutas e Felipe as pegava e, lá do alto, as jogava para ela. O cesto ficou cheinho e durante a semana foram feitos muitos doces e geleias.
Bem, não é todo domingo que a família de Felipe pode ir ao campo, mas quando vai o programa é muito legal. Na volta para casa traz flores, frutas, peixes. É por isso que toda vez que a gente vai visitar Felipe encontra lindas flores enfeitando a casa, um monte de doces gostosos e, se der sorte de chegar na hora do almoço, pode até saborear um peixinho frito ou ensopado. O melhor de tudo é a conversa, porque cada coisa que é oferecida tem uma história a ser contada. Compadre, nem te conto que trabalhão deu este peixe para ser fisgado, ou, então, olha, essa geleia foi feita com a fruta fresquinha que Felipe pegou lá no campo. Ah! Isso é que é vida. Como é bom ter um lindo campo pertinho de casa.

sábado, 19 de setembro de 2009

O banho da Juju.

Vocês se lembram da Juju? Não?! Então, eu vou relembrar a vocês quem é a Juju. Ela é aquela joaninha que vive no jardim da minha casa. Agora, eu acho que vocês já sabem quem é. Pois é, ela carregou uma flor tão grande para me dar de presente que ficou toda suada. Pra mim foi uma enorme surpresa quando encontrei a tal flor na jarra da sala. Juro que fiquei muito emocionada e feliz. Mas, maior surpresa ainda foi quando entrei no banheiro e adivinhem que estava se banhando. Isso mesmo, vi Juju dentro de uma bacia, toda contente, tomando uma chuveirada.
Fiquei meio sem graça, afinal não sabia como me comportar. Ela se esfregava com a bucha e ria um bocado quando o sabonete lhe pulava das mãos. Nem percebeu a minha presença. Como eu não queria incomodar, tentei sair devagarinho, mas a porta fez barulho e ela me viu. Com toda naturalidade, ela disse:
- Oi, querida. Você também quer tomar banho? Espere só um pouquinho, já estou terminando.
Nunca pensei que isso pudesse acontecer, eu nem sabia que joaninhas tomam banho. Quanto mais de chuveiro. Agora, sempre que chego do colégio procuro Juju pelo jardim e, se não a encontro, vou correndo ao banheiro para ver se ela está por lá. E sabem o que descobri? Pelo menos uma vez por semana, Juju toma uma chuveirada bem gostosa e se diverte um bocado no banheiro aqui de casa.

Melinda.

Melinda é uma abelha especial. Ela é muito brincalhona, mas também gosta bastante de trabalhar.
Quando a abelhinha nasceu, sua mãe viu que ela era meiga, doce e linda, por isso lhe deu o nome de Melinda. Mel, por ser doce e meiga, e linda, porque tinha uma carinha brejeira e alegre.
Melinda adora brincar nos jardins e de preferência naqueles que têm as flores mais coloridas. Ela voa e pousa de flor em flor. Suga o néctar de uma florzinha, vai para outra e faz o mesmo. Enquanto voa, dá piruetas, vira cambalhotas, sorri e encanta a todos que  por ela passam. Ela nunca ataca ninguém. Melinda é uma abelha carinhosa e divertida.
Mas, na hora de trabalhar, Melinda deixa toda brincadeira de lado e coloca as mãos-à-obra. Ela ajuda as outras abelhas da colméia em que mora a produzir o mel. Neste momento, ela é séria e responsável, pois sabe que o seu trabalho é muito importante não só para as abelhas, mas, também, para as pessoas. Afinal, quem é que não gosta de mel. Melinda fica toda orgulhosa quando vê uma criança chupando um travesseirinho de mel. É aí que ela percebe como o seu trabalho é legal.
Pois é, Melinda é trabalhadeira e divertida, gosta de produzir mel e gosta de brincar. Mas, ela sabe muito bem que existe hora para brincar e hora para se dedicar aos seus afazeres. É por tudo isso que ela é uma abelhinha feliz, pois se sente amada pelas abelhas e também pelas pessoas.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Juju, minha amiga joaninha.

Juju é uma joaninha que mora no jardim da minha casa. Ela é alegre, bonita e muito carinhosa.
Juju está sempre voando de flor em flor, sorri o tempo todo e tem os olhinhos doces como cocada.
Esta joaninha é mesmo uma gracinha e encanta a todos que passam pelo jardim.
Um dia, quando eu chegava do colégio, ouvi um barulho num cantinho do jardim. Era o barulho de alguém fazendo força. Olhei, procurei, e, finalmente, deparei com Juju carregando uma flor maior que ela. Coitadinha, a flor era muito pesada e Juju a arrastava com bastante dificuldade. Não entendi nada. Pra que seria que Juju queria uma flor daquele tamanho. De repente, Juju começou a voar com a flor presa em suas patinhas. Coitada, cambaleava pra lá e pra cá, mas foi embora. Fiquei intrigada com o que vira, mas vai entender as joaninhas.
Bem, saí do jardim e entrei em casa. Fui ao meu quarto para guardar o material da escola e, depois, fui para sala almoçar. Quando cheguei à sala, em uma jarra em cima da mesa estava a flor que Juju pouco antes carregava e havia um bilhete que dizia: "Beijos da Juju.".        
     Fiquei muito feliz. Juju não é apenas uma joaninha, ela é a minha querida amiga joaninha.    

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O sapo vaidoso.




Julico é um sapo muito vaidoso. No brejo em que ele mora, é famoso por estar sempre limpinho e bem arrumado. Ele é alegre, animado, adora passear e é muito namorador.
Perto do brejo em que Julico mora existe o clube Sapolândia à beira de uma linda lagoa. Todo sábado, no clube há um baile. E advinhe só, Julico não perde um. Quando chega ao baile, todas as sapas e pererecas ficam bastante agitadas. É claro, elas querem dançar com o sapo mais elegante do brejo. Julico não se faz de difícil, dança com uma sapa, paquera uma perereca, pisca o olho pra outra e, de vez em quando, até canta para alguma sapinha mais bonita.
Um dia, num dos bailes, Julico conheceu Sapeca, a sapa mais charmosa do brejo, e por ela ficou apaixonado. Seu coração não parava mais de bater forte. Sempre que ele via Sapeca, ficava com o rosto vermelho, com falta de ar e se complicava todo. Não tinha como disfarçar, Julico caía de amores por aquela sapinha. Sapeca percebia tudo, mas fingia que não notava.
Julico não sabia mais o que fazer para que Sapeca olhasse pra ele. Começou a ficar triste e cheio de brotoejas. Mas, numa tarde de domingo, ele estava sozinho passeando pela lagoa quando, de repente, alguém veio por trás e falou:
- Oi, Julico. Que bom que veio passear. Tenho te procurado, mas nunca te encontro. Quero te convidar para ir ao baile da semana que vem comigo. Você quer?
Julico quase explodiu de tanta emoção. Na semana seguinte levou Sapeca ao baile, começou a namorar e alguns meses depois eles se casaram. Hoje, Julico continua muito vaidoso, vive sempre bem arrumado e passeia de braços dados com Sapeca. Os dois coaxam e coaxam de felicidade.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O jacaré Humberto.




Esta é a história de um jacaré muito esperto. Ele era conhecido no pântano em que morava pelo nome de Humberto. Seu nome até rimava com esperto. E é verdade, Humberto era um jacaré bastante sabido,inteligente e, principalmente, obediente.
Humberto desde pequeno ouvia sua avó dizer:
- Jacaré que nada de costas vira bolsa.
Ele não sabia bem o que isso significava, mas Dona Pança Larga, sua avó, repetia sempre:
- Humberto, meu querido, preste atenção porque jacaré que nada de costas vira bolsa.
Humberto foi crescendo e nunca esquecia aquelas palavras.
Um dia, enquanto passeava pelo pântano, viu uma coisa esquisita e saiu correndo para contar pra avó. Chegou em casa e disse:
- Vó, eu vi um monte de madeira coberto com uma rede
lá no meio do matagal.
Foi, então, que Dona Pança Larga explicou que aquilo era
armadilha construída pelos caçadores para pegar jacaré.
Ela falou, também, que os caçadores vendem a pele do
jacaré para fazer bolsa.
Humberto ficou assustado e triste com o que ouviu de sua
avó. Ele jamais imaginara tanta maldade. Mas, agora, ele
entendeu direitinho o que sua avó dizia. Era preciso estar
sempre prestando atenção e olhando de frente o que se
passava para não ser pego pelos caçadores. É por isso que
a vovó de Humberto sempre repetia:
- Cuidado! Jacaré que nada de costas vira bolsa.

Um passeio ao Jardim Zoológico.

Lucca é um menino de apenas dois aninhos de idade. Ele é muito bonito, simpático e esperto.
Lucca e sua mamãe vieram passar o fim de semana na casa de seus tios. Foi uma farra danada.
No domingo, eles foram para o Jardim Zoológico e se divertiram um bocado.
Lucca adorou ver os bichinhos de perto. Viu o leão, o macaco, o tigre, o hipópotamo, a arara, o elefante e todos os outros animais que moram no zoológico.
Ele achou bastante graça do macaco de bumbum vermelho, mas ficou com medo da girafa. Também pudera, ela era enorme, com um pescoço comprido e se esticou todinha para pegar uma folha na mão do dindo, pois é, um dos tios de Lucca também é seu dindo.
Todos gostaram do passeio e logo que voltaram para casa, Lucca contou para a vovó o que tinha visto. Fazia todos os gestos e sons imitando os bichinhos e, aí, a história ficou assim: para o leão - row, row; para o macaco- pulava e coçava a cabeça ; para o elefante - dizia "é gandão" e fazia um bico com a boca para imitar a tromba.
Nossa! Lucca ficou muito feliz e, quando voltar para a sua cidade, vai ter um montão de novidades para contar pro papai.

sábado, 12 de setembro de 2009

Nanico.


Nanico é um mico atrapalhado, tudo o que faz não dá certo. Se vai para o alto de uma árvore, até chegar lá em cima leva vários tombos e escorregões. O pior é quando vai pular de galho em galho, se não cai, fica pendurado com se fosse um fruto murcho. Na maioria das vezes, tromba com os galhos e fica todo machucado.
É, este é mesmo um miquinho bem atrapalhado. Não consegue fazer nada direito.
Nanico é o alvo das piadas dos outros macacos, mas nem liga. Afinal, ele é desajeitado, mas, também, é muito engraçado.
A mata em que ele vive fica perto de algumas casas e de quando em quando os micos entram nos quintais. Aí, é um Deus nos acuda. É um corre-corre danado. Os donos das casas expulsam os micos, mas com Nanico não fazem nada. Ele é a alegria das crianças que lhes dão comida e brincam com ele.
Pois é, Nanico pode não ser um mico como os outros, mas
tem suas qualidades. Além de muito simpático, é manso e
divertido e, com isso, tornou-se muito querido por todos
que o conhecem. Nanico é o trapalhão da floresta e o
bichinho de estimação da criançada.

Ligeira, a formiga peralta.

Ligeira era uma formiga esperta e bastante levada. Enquanto as outras formiguinhas trabalhavam, Ligeira só queria saber de brincar, correr, subir em árvores e passear pelos gramados.
Dona Lica, a mãe de Ligeira, era muito exigente, sua casa estava sempre bem arrumada e ela, com seus outros filhos, trabalhava o dia inteiro para que não faltasse nada para a família. O único problema que Dona Lica tinha era com a Ligeira. Não conseguia que a formiga peralta ajudasse em nada e quando chamava a sua atenção ouvia sempre a mesma frase:
- Ora, mamãe, eu sou ainda uma criança. Não tenho idade para trabalhar e sim pra brincar.
Dona Lica ficava brava, mas, ao mesmo tempo, reconhecia que Ligeira tinha razão. Ela era realmente apenas uma formiguinha e, por isso, só queria saber de brincadeiras.
Mas o tempo foi passando, Ligeira foi crescendo e sua atitude continuava a mesma. O dia inteirinho era só para o divertimento, nada de produzir ou ajudar a família.
Um dia, Ligeira conheceu uma formiga da qual tornou-se amiga. Esta já era uma formiguinha adolescente que gostava de se arrumar, pintar o rosto, colocar batom e namorar. Aí, Ligeira chegou em casa e quis fazer o mesmo, começou a se enfeitar toda. Mas, na hora de pintar o rosto e colocar o batom, sua mãe disse:
- Não Ligeira. Você não pode sair como uma moça por aí. Vá lavar o rosto. Não se esqueça que você é apenas uma criança, como você mesma vive dizendo. Vá pular corda, ou subir nas árvores.
Ligeira ficou zangada com a mãe e no dia seguinte acordou, se arrumou e foi trabalhar com seus irmãos. Lá pelo final da tarde, voltou para casa e se enfeitou toda para sair com sua amiga e paquerar. Quando passou pela sala, sua mãe, toda carinhosa, falou:
-Nossa, Ligeira. Como você está linda, já é uma moça e eu nem tinha notado.
Ligeira saiu muito feliz e daquele dia em diante tornou-se uma formiga responsável. Gostava de brincar? Ainda gostava. Mas, agora, sabia que há hora para tudo e que assim a vida é muito mais gostosa.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Comprida, a girafa fofoqueira.

Comprida era uma linda girafa que morava no jardim zoológico de uma pequena cidade.
Ela era muito esperta e prestava atenção a tudo que se passava ao seu redor. Estava sempre atenta e vivia espiando os outros animais.
O problema é que Comprida era a maior fofoqueira do zoológico. Tudo que acontecia por lá, ela tratava logo de espalhar a notícia. Por isso, tinha poucos amigos.
Ela não poupava ninguém, falava mal do leão, contava mentiras do macaco, ria do jacaré, implicava com a onça ... O único bicho que ela respeitava era o rinoceronte. Desse, sim, ela tinha até medo.
Por que seria que ela só respeitava o rinoceronte? Vocês querem saber? É que um dia ela estava toda prosa, com o pescoço bem esticado, olhando para a jaula do rinoceronte e, de repente, comentou:
- Nossa, que bicho mais feio, grande e fedorento.
Pra quê, o rinoceronte escutou tudo e ficou furioso.
Ele saiu correndo, deu uma chifrada no galho de uma árvore
e gritou:
- Comprida, cuidado comigo! Na próxima vez a chifrada vai ser no seu pescoço.
A girafa ficou apavorada e nunca mais abriu a boca para falar nada do rinoceronte.
Vocês pensam que ela tomou jeito? Que nada. Continua fazendo fofoca,
mas antes olha bem o tamanho do bicho com que está se metendo.

Que gracinha de elefante.


Fofinho era um elefante muito carinhoso, gentil e bonito. Estava sempre contente, mas vivia isolado dos outros elefantes.
Ele, na verdade, não sabia bem o que, nem quem, ele era.
Sabia que era um animal, alto, grande e gordo, mas não sabia que era um elefante.
Também pudera, ele não se parecia em nada com seus irmãos, com seus pais, com ninguém que conhecia. Ele tinha tromba, grandes orelhas e patas, porém não era cinza. Adorava amendoim, mas gostava também de frutos, balas, doces. Nunca pisava nas flores, andava com muito cuidado para não machucar as formigas ou qualquer outro animalzinho que fosse menor que ele.
É, Fofinho era diferente. Mas não era somente na cor. Ele era o mais meigo de todos os elefantes que moravam na floresta.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Dentuço.


Dentuço é um coelhinho muito feliz. Ele está sempre de bom humor e contente. É obediente e faz tudo direitinho. Toda manhã, ele acorda cedo e vai para o colégio. Na volta, apronta as tarefas de casa, ajuda a mamãe, brinca com os amigos e, à noite, dorme cedo.
Pois é, Dentuço é um amor de coelho. Mas, na hora de comer sempre apronta. Não gosta disso, não gosta daquilo, só quer saber de doces.
Um dia, seu dentinho começou a doer e, então, a mamãe coelha falou:
- Viu, meu filho. Você não quer comer verduras e legumes e, agora, está com dor de dente. Vou colocar um remedinho e logo ficará bom.
Dentuço prestou bastante atenção no que sua mãe disse. No dia seguinte, na hora do almoço, sentou-se à mesa e comeu tudo bem direitinho. Comeu couve, cenoura e outros
legumes. Depois disso, Dentuço cresceu forte e mais bonito.

O passarinho que mudava de cor.



Esta é a história de um lindo passarinho.
Ele era diferente de todos os outros, já que podia mudar de cor.
Como isso acontecia? Dependia de como ele se sentisse.
Se estava alegre, ficava vermelho. Se o dia era de muito sol,
ele era amarelo. Mas, à tardinha, com a chegada da noite, ele
tornava-se azul. Ficasse de que cor ficasse, sempre voava de flor em flor, descansava nos galhos das árvores, brincava muito.
Veja só!
O que é? Você não acredita? Eu também pensava que era mentira e,
de repente, minha história ficou cheia deste passarinho.
Olhe bem! Notou como ele muda de cor. Então, agora você acredita?!
Que bom!!!




O cachorro que adorava cantar.


Fininho era um cachorro que adorava cantar. Ele se divertia o dia todo cantarolando. O problema é que ele dormia pouco e quando estava acordado não fazia outra coisa. Mal abria os olhos, sacudia o rabo e começava:
- Au, au, au, au, au ...
Imagine como os seus donos ficavam. Reclamações dos vizinhos, barulho o dia inteiro e o pior era que Fininho cantava muito alto.
Um dia, Alice, a dona do Fininho, teve uma ideia e disse para seu marido:
- Vou ligar o rádio para ver se Fininho sossega um pouco.
E assim ela fez, mas não adiantou nada. Agora, além de cantar, ele dançava, rebolava, dava cambalhotas, pintava o     sete.
Alice não sabia mais o que fazer. Pensou até em dar o cachorro.
Mas, quanto mais pensava nisso, mais triste ficava. Fininho era
barulhento, claro que era, mas, também, era seu melhor amigo.
Numa bela manhã, ela foi passear com ele pelo parque e Fininho
desatou a cantar. Foi um sucesso. As pessoas batiam palmas,
cantavam e dançavam junto. Alice, então, resolveu levá-lo
todo domingo ao parque.
Fininho ficou famoso e ninguém reclamava de mais nada. Afinal,
não é todo mundo que tem como vizinho um cachorro cantor.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O patinho que não sabia nadar.

Esta é a história de um patinho medroso. Desde pequeno, ele tinha pavor de chegar à beira do lago.
Todas as manhãs, Dona Pata saía para passear com os seus filhotes. E todos se divertiam muito no lago. Mas, não havia meio de fazer com que Patotinha, o tal patinho, entrasse na água.
Todos os outros patinhos riam dele, e ele não ligava para as piadas de seus irmãos e companheiros. Porém, um dia a coisa ficou feia para o lado de Patotinha. Ele saiu para dar uma volta em torno do lago e começou a chover. Choveu tanta água que o lago transbordou. E foi então que o patinho medroso se viu em apuros. E agora? Ele corria de um lado para o outro e gritava:
- Socorro! Socorro!
Mas, seus gritos de nada adiantavam, pois ele estava sozinho e distante de casa.
Depois de algum tempo, Patotinha resolveu ver se conseguia voltar para casa. Afinal, já tinha se passado horas que saíra. Entrou por debaixo de umas árvores e teve a sorte de encontrar um barco. Foi muita sorte mesmo. O barco estava até com os remos. Tremendo de medo, ele entrou no barco e começou a remar. Finalmente, chegou a um lugar seguro. A água já tinha baixado e ele estava perto de casa. Estava a salvo.
Enquanto isso, Dona Pata estava desesperada à procura do filho fujão. Já tinha saído várias vezes, mas não o havia encontrado. Quando Patotinha entrou em casa foi recebido com um grande abraço e um puxão de orelhas.
No dia seguinte, Dona Pata e Patotinha foram sozinhos para o lago e ela começou a ensiná-lo a nadar. Hoje, ele é um pato feliz e nada como ninguém.

A borboleta feliz.




Era uma vez uma borboleta que estava sempre feliz. Ela passeava pelos jardins, pousava nas flores e fazia várias piruetas no ar.
Ela era muito colorida e, por isso, chamava a atenção de todos que a viam. E quando percebia que tinha alguém a observando, aí, sim, ficava mais contente ainda. Voava, voava e batia as suas lindas asas.
Vivia acompanhada por outras borboletinhas, mas nenhuma delas tinha a sua beleza.
Brincava o tempo tempo, mesmo que o dia não fosse de sol. Não tinha tempo feio pra ela, pois o que mais gostava
era de passear e se divertir.
Eu sabia sempre aonde encontrá-la. Mas um dia, cheguei ao jardim de casa e não a vi.
Esperei alguns dias e nada. Fiquei triste, mas quando olhei para um cantinho do canteiro vi um pequeno papel bem dobradinho. Abri e ali estava um recado: "Fui alegrar outros lugares. Qualquer dia, eu volto. Beijos da arco-íris." Nossa, fiquei tão emocionada que quase explodi de felicidade.
Então, preste atenção, se você encontrar a linda borboletinha num jardim perto de sua casa, brinque bastante com ela e diga que estou com muita saudade.

O leão hospitaleiro.

Era uma vez um leão que morava num jardim zoológico. Ele estava acostumado a receber visita de crianças e gostava de que elas brincassem com ele. Mas, as crianças chegavam, brincavam e iam para casa.
Um dia, o leão recebeu a visita de uns pinguins. É verdade, os pinguins tinham se perdido no mar e nadaram até as praias do Rio de Janeiro. Eles foram recolhidos pelos pescadores e levados para esse tal jardim zoológico. Bem, quando os pinguins lá chegaram não tinha nenhum cantinho em que pudessem ficar a salvo. Foi aí, que um dos funcionários do zoológico teve a ideia de colocá-los na jaula do leão. E não é que a coisa deu certo. O leão era muito legal e gostou da companhia dos novos amiguinhos. Além de protegê-los, se divertia vendo as crianças admirando os novos moradores de sua jaula. Agora, acredite se quiser, os pinguins eram mais bravos que o leão.

A professora que contava histórias.


















Era uma vez uma professora que adorava contar histórias. Mas, não gostava muito de repetir o que estava nos livros infantis. Então, contava suas próprias histórias ou imaginava finais diferentes (mais alegres) para as que já conhecemos. Por exemplo, na história do Chapéuzinho Vermelho, o lobo não comia a vovó. Ele a escondia dentro do armário e, mais tarde, ela era libertada pelo caçador. O lobo também não era tão mau assim, logo não precisou ser morto. O caçador levou o lobo para morar no jardim zoológico. Imaginem vocês que ele morria de medo em sua nova moradia. Também, não era pra menos, virou vizinho do leão.
Pois é, agora, sempre que quiser, pode ler ou pedir para que alguém leia para você as historinhas que vou escrever. Espero que goste e que a gente possa se divertir juntos.